Prejuízos diários dos suinicultores “são insuportáveis”
Carta aberta da Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores diz que o fim do sector “é uma realidade” e critica actuação do ministro da Agricultura.
Os prejuízos diários dos suinicultores “são insuportáveis” e o “desaparecimento do sector é uma realidade”. A Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores (FPAS) divulgou, nesta quinta-feira, uma carta aberta aos portugueses a apelar ao consumo de carne de porco nacional, numa altura de preços reduzidos e excesso de oferta no mercado europeu, na sequência do embargo da Rússia a produtos da União Europeia. Os produtores acusam o Governo de não os ajudar.
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Os prejuízos diários dos suinicultores “são insuportáveis” e o “desaparecimento do sector é uma realidade”. A Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores (FPAS) divulgou, nesta quinta-feira, uma carta aberta aos portugueses a apelar ao consumo de carne de porco nacional, numa altura de preços reduzidos e excesso de oferta no mercado europeu, na sequência do embargo da Rússia a produtos da União Europeia. Os produtores acusam o Governo de não os ajudar.
O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, “não responde ao caderno reivindicativo apresentado, vai mandando ‘recados’ de que está muito preocupado”, acusam. A FPAS diz que Portugal passou de uma taxa de auto-suficiência na carne de porco de 100% em 1986 para 65% em 2015. “Se nada for feito para atenuar a crise que o sector atravessa, dentro de um ano estaremos praticamente dependentes do estrangeiro”, continua.
“Neste momento os prejuízos diários dos suinicultores são insuportáveis, pelo que, a não serem tomadas quaisquer medidas, o desaparecimento do sector é uma realidade, pondo em causa milhares de postos de trabalho e o fim da carne de porco portuguesa”, alerta a FPAS.
Os produtores lembram ainda que Bruxelas atribuiu a Portugal 4,8 milhões de euros de ajudas para travar a crise mas o montante foi destinado totalmente ao sector do leite. Prometem continuar a protestar “dentro da ordem”. “Não podemos morrer calados”.