Patrão da Altice apoia construção do Museu Judaico de Lisboa
Proprietário da Portugal Telecom fez doação de um milhão de euros, um terço do custo do projecto.
A construção do Museu Judaico de Lisboa, um projecto já com duas décadas, vai avançar com o apoio da fundação do patrão da Altice, Patrick Drahi, dono da Portugal Telecom (PT). Fonte da empresa francesa confirmou ao PÚBLICO a doação, mas não a verba avançada esta segunda-feira pelo jornal Expresso, segundo a qual o multimilionário franco-judaico se disponibilizou a comparticipar com um milhão de euros um projecto que estará avaliado em três milhões.
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A construção do Museu Judaico de Lisboa, um projecto já com duas décadas, vai avançar com o apoio da fundação do patrão da Altice, Patrick Drahi, dono da Portugal Telecom (PT). Fonte da empresa francesa confirmou ao PÚBLICO a doação, mas não a verba avançada esta segunda-feira pelo jornal Expresso, segundo a qual o multimilionário franco-judaico se disponibilizou a comparticipar com um milhão de euros um projecto que estará avaliado em três milhões.
Ainda segundo aquele jornal, o patrão da PT terá contactado directamente a Câmara Municipal de Lisboa (CML) a oferecer a sua comparticipação, exigindo apenas como contrapartida a atribuição do nome da Fundação Patrick e Lina Drahi a uma ala do museu.
No passado mês de Janeiro, o presidente da CML, Fernando Medina, anunciou à Lusa que as obras para a construção do novo museu, no Largo de São Miguel, no bairro de Alfama, iriam avançar e que a sua inauguração aconteceria “no primeiro trimestre de 2017”.
Na altura, não foram avançadas informações sobre o projecto arquitectónico ou o modelo de gestão do equipamento.
O projecto de construção de um Museu Judaico em Lisboa remonta ao mandato do actual ministro da Cultura, João Soares, que presidiu à autarquia entre 1995-2002, e foi já no consulado de António Costa, em 2013, que foi escolhido o terreno – camarário –, em Alfama, para a implantação do museu. Trata-se, disse Fernando Medina à Lusa, de "um lugar emblemático para a comunidade judaica e para a própria cidade de Lisboa, na medida em que o bairro albergou a mais importante comunidade de judeus da Lisboa medieval".
Ainda segundo o Expresso, os restantes dois milhões de euros necessários à concretização do projecto foram garantidos pela CML com uma candidatura da Rede das Judiarias Portuguesas à EEA Grants, um mecanismo financeiro europeu.