Dois homens morrem soterrados em silo de cereais em Almada
GNR diz que os dois trabalhadores, de 58 e 37 anos, morreram sufocados em farinha
Dois homens morreram este sábado soterrados num silo da refinaria de sementes e cereais Tagol, no Monte da Caparica, em Almada. O silo pertence ao grupo agro-industrial Sovena, confirmou um responsável do Centro Distrital de Operações de Socorros (CDOS) de Setúbal. "Dois operários caíram no interior do silo", adiantou o elemento do CDOS.
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Dois homens morreram este sábado soterrados num silo da refinaria de sementes e cereais Tagol, no Monte da Caparica, em Almada. O silo pertence ao grupo agro-industrial Sovena, confirmou um responsável do Centro Distrital de Operações de Socorros (CDOS) de Setúbal. "Dois operários caíram no interior do silo", adiantou o elemento do CDOS.
Os dois trabalhadores, de 58 e 37 anos, foram resgatados já sem vida pelos bombeiros e terão morrido sufocados em farinha. "A asfixia é a causa de morte mais provável, segundo o médico que observou as vítimas no local", explicou o tenente Maciel, do comando territorial de Setúbal da GNR. A Autoridade para as Condições do Trabalho já foi contactada e vai deslocar-se ao local ainda este sábado, disse o mesmo militar.
O acidente de trabalho aconteceu quando os dois trabalhadores (um empregado da Sovena e um colaborador externo subcontratado) iam começar a limpar um silo, "uma tarefa habitual e frequente na actividade daquela unidade fabril", esclareceu entretanto a Sovena, no comunicado em que confirmou o sucedido. A empresa contactou de imediato as autoridades oficiais, estando "a trabalhar de perto com as mesmas no sentido de apurar as causas deste acidente". Abriu também um inquérito interno.
Um responsável do CDOS revelou à agência noticiosa Lusa que o silo, com cerca de 30 metros, teria apenas dois metros de farinha na altura do início da operação de limpeza.
O alerta foi dado às 16h28 e os cadáveres foram retirados com o apoio dos bombeiros da Trafaria, que deslocaram cinco viaturas e 15 operacionais para o local, referiu a mesma fonte, segundo a qual foi a Viatura de Emergência Médica e Reanimação do Hospital de Santa Maria (em Lisboa) que teve de se deslocar ao local, porque a do Garcia de Orta, em Almada, estava ocupada.
Já em 2012 tinha acontecido um acidente do mesmo género em Coruche, e igualmente com consequências fatais, quando dois trabalhadores caíram dentro de um silo de farinha numa fábrica de arroz.