Jerónimo Martins expande supermercados para a terceira região na Colômbia

Objectivo é abrir entre 70 a 100 novas lojas este ano e avançar para os arredores de Bogotá.

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Pedro Soares dos Santos diz que se sente "bem vindo" na Colômbia Rui Gaudêncio

Pedro Soares dos Santos diz que a Colômbia tem sido “uma surpresa agradável” para o grupo Jerónimo Martins que, há cerca de três anos, abriu o primeiro supermercado Ara naquele país. As vendas obtidas com as 142 lojas ainda não têm expressão no negócio global da empresa (122,5 milhões de euros incluídos num bolo total de 13,7 mil milhões de euros em 2015), mas a expansão para uma terceira região, nos arredores de Bogotá, é um dos objectivos para este ano.

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Pedro Soares dos Santos diz que a Colômbia tem sido “uma surpresa agradável” para o grupo Jerónimo Martins que, há cerca de três anos, abriu o primeiro supermercado Ara naquele país. As vendas obtidas com as 142 lojas ainda não têm expressão no negócio global da empresa (122,5 milhões de euros incluídos num bolo total de 13,7 mil milhões de euros em 2015), mas a expansão para uma terceira região, nos arredores de Bogotá, é um dos objectivos para este ano.

O investimento global será de 100 milhões de euros e a previsão de aberturas ronda as 70 a 100 lojas, adiantou o presidente executivo da Jerónimo Martins, durante a apresentação dos resultados financeiros de 2015, nesta quinta-feira.

“A Colômbia tem sido uma surpresa cada vez mais agradável”, disse, acrescentando que o país “gosta de pessoas que investem”. Depois do Eixo Cafeteiro, os supermercados Ara expandiram-se para a Costa do Caribe, entre Cartagena e Santa Marta. A próxima paragem serão os arredores de Bogotá, adiantou Pedro Soares dos Santos.

Em 2015, o grupo inaugurou 56 novas lojas e já emprega 725 trabalhadores. Este ano ultrapassará, no mínimo, a fasquia das 200. Para crescer, o presidente executivo não exclui a aquisição de empresas concorrentes. “Há a hipótese de fazermos algumas aquisições de cadeias regionais”, disse, adiantando que as equipas locais estão “a avaliar se faz sentido”. “Cada vez mais acreditamos no país”, destacou.

Pingo Doce reforça lojas de conveniência
Quanto a Portugal, que representa um quarto da facturação, os planos são para aumentar a aposta no formato de conveniência, em parceria com a BP. Em 2015 abriram dois Pingo Doce & Go em postos de abastecimento de combustível da petrolífera e, para este ano, a meta é ter mais cinco. “Tem sido uma relação ganhadora e vamos continuar”, disse Pedro Soares dos Santos.

Os supermercados Pingo Doce absorveram 32,3% do investimento global feito o ano passado (o equivalente a 133 milhões de euros) e aumentaram a rede para 399 lojas, mais 21 em relação a 2014. Este ano a empresa já atingiu as 400.

Uma empresa polaca em Portugal
Contudo, é da Polónia que vem a maioria das vendas da Jerónimo Martins (67,1%) e Pedro Soares dos Santos disse mesmo que, no que toca ao EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), o grupo controlado em 56,1% pela sociedade Francisco Manuel dos Santos, é “uma companhia polaca em Portugal” já que 80% do EBITDA vem da Polónia. “A Biedronka vai continuar a ser a principal fonte de rentabilidade”, disse, durante a apresentação de resultados.

Com aumento dos lucros de mais de 10% em 2015, e uma subida do cash flow de 80%, para 482 milhões de euros, a Jerónimo Martins tem, assim, “liberdade” para poder decidir investimentos e avançar com “pagamento adicional aos accionistas”.

Pedro Soares dos Santos deixou ainda alguns recados. “Este é um negócio de margens baixas, alta rotação de produtos, não é de grande lucro em função das vendas. Os lucros só representam 2,4% das nossas vendas”, disse, para mais tarde acrescentar que os investimentos feitos pela empresa “são sempre superior ao lucro”.

Referindo-se a Portugal, adiantou que nos últimos oito anos investiu mais de mil milhões de euros, isto “no auge da crise e da troika”.