Estaremos à espera de uma catástrofe?

Apesar da diplomacia, das promessas, do fecho de fronteiras e até mesmo da repressão, o fluxo de refugiados rumo à Europa não abrandou. Pelo contrário. Desde 1 de Janeiro já atravessaram o Mediterrâneo quase tantas pessoas (131.714) quantas as que fizeram esse mesmo caminho durante todo o primeiro semestre de 2015. E a quase totalidade chegou às ilhas gregas, num movimento de pressão que faz temer o pior, já que estão neste momento 24 mil pessoas barradas nas fronteiras gregas e esse número poderá vir a ampliar-se para os 100 mil. O ACNUR aponta o dedo à inépcia europeia e à falta de entendimento e solidariedade entre os países, mas esta é uma discussão que já não pode confinar-se a um jogo de palavras, porque no terreno tudo se agrava dia após dia. Até quando aguentará a Grécia? Até quando conterão os refugiados o seu desespero? Estaremos à espera de uma catástrofe com várias mortes para, finalmente, agir?

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Apesar da diplomacia, das promessas, do fecho de fronteiras e até mesmo da repressão, o fluxo de refugiados rumo à Europa não abrandou. Pelo contrário. Desde 1 de Janeiro já atravessaram o Mediterrâneo quase tantas pessoas (131.714) quantas as que fizeram esse mesmo caminho durante todo o primeiro semestre de 2015. E a quase totalidade chegou às ilhas gregas, num movimento de pressão que faz temer o pior, já que estão neste momento 24 mil pessoas barradas nas fronteiras gregas e esse número poderá vir a ampliar-se para os 100 mil. O ACNUR aponta o dedo à inépcia europeia e à falta de entendimento e solidariedade entre os países, mas esta é uma discussão que já não pode confinar-se a um jogo de palavras, porque no terreno tudo se agrava dia após dia. Até quando aguentará a Grécia? Até quando conterão os refugiados o seu desespero? Estaremos à espera de uma catástrofe com várias mortes para, finalmente, agir?