Concurso de Jovens Autores e Ilustradores suspenso por um ano
Biblioteca Nacional associa-se ao projecto e edita em braille as dez melhores histórias do último ano.
Depois de três anos de existência, o concurso de Jovens Autores de Histórias Ilustradas (JAHI) vai fazer um "ano sabático", anuncia a Nissan Portugal que promove o único concurso europeu que permite a alunos das escolas secundárias portuguesas escrever e ilustrar uma história original com base num tema dado pela empresa nipónica.
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Depois de três anos de existência, o concurso de Jovens Autores de Histórias Ilustradas (JAHI) vai fazer um "ano sabático", anuncia a Nissan Portugal que promove o único concurso europeu que permite a alunos das escolas secundárias portuguesas escrever e ilustrar uma história original com base num tema dado pela empresa nipónica.
Vai ficar suspenso, mas por apenas um ano. O objectivo é preparar-se “para um regresso ainda mais inovador e entusiasmante para alunos, professores e escolas”, promete a marca em comunicado de imprensa.
Para fechar este ciclo de três anos e a pensar nos leitores cegos, a Biblioteca Nacional associou-se ao projecto JAHI e editou em braille as dez melhores histórias do concurso de 2014/2015. As mesmas que foram editadas pela Leya também em livro.
Com esta edição em braille “a Nissan pretende tornar o concurso o mais inclusivo possível, procurando consciencializar alunos invisuais ou com deficiências visuais mas aptos para a escrita e para a ilustração, inseridos em escolas regulares, para a participação no JAHI. Simultaneamente damos o nosso contributo para o prazer dos livros e da literatura a crianças, adolescentes e adultos com deficiência visual. Através da leitura promovemos a cidadania, proporcionando um olhar crítico que possibilita formar cidadãos conscientes e contributivos para um futuro mais sustentável”, sublinha Guillaume Masurel, director-geral da Nissan Portugal, em comunicado.
Segundo Carlos Santos Ferreira, responsável pela Área de Leitura para Deficientes Visuais da Biblioteca Nacional de Portugal, esta edição “facilita a inclusão de alunos com deficiências visuais, potenciando uma futura e profícua participação nesta relevante iniciativa da Nissan”.
Quase duas dezenas de vencedores
No final da semana, a organização juntou em Lisboa os grandes vencedores do último concurso, relativo ao ano lectivo de 2014/2015. O conto “Sempre a mesma coisa”, escrito e ilustrado por Jasmim Cotrim, acumulou os prémios de Melhor História e Melhor Ilustração.
As vencedoras do ano anterior tiveram a possibilidade de escrever e ilustrar uma história original. Mariana Fonseca e Ana Sofia Matos chamaram-lhe "Sonho Lúcido" que também foi lançado na mesma ocasião e conta uma história.que se desenrola entre uma Barcelona (real) e uma Novaselik (fantástica), mas onde realidade e imaginário se misturam numa narrativa livre, que nas palavras de Vítor Silva Mota, Editor de Literatura Infantojuvenil da LeYa, “nos recorda a importância da imaginação como elemento imprescindível às nossas vidas quotidianas”.
Recorde-se que além da publicação de um livro com as histórias vencedoras, é ainda editado um com uma história original dos grandes vencedores do ano anterior. Além disso, todas as duplas escolhidas pelo júri (do qual fazem parte profissionais da Nissan e da Leya, o comissário do Plano Nacional de Leitura, PNL, membros da Sociedade Portuguesa de Autores e da Sociedade Portuguesa de Belas Artes, e do PÚBLICO) tiveram a possibilidade de viajar até uma cidade europeia.
A iniciativa do JAHI é única na Europa, mas começou no Japão, há mais de 30 anos, também promovida pela Nissan. Em Portugal, a marca conta com a parceria da Leya e do PNL. O PÚBLICO é media partner e também faz parte do júri que anualmente avalia os trabalhos que concorrem.