Cartas à Directora
António Lamas, desagravado
Li e apreciei o artigo de Raquel Henriques da Silva sobre os tratos de polé dados a António Lamas, pelo ministro da Cultura. Não concordo em tudo com a avaliação encomiástica feita pela articulista. Discordo em especial da não detecção de finalidades mercantilistas no reino do Monte da Lua (onde os portugueses nem sequer podem entrar gratuitamente uma vez por mês, como manda a lei para todos os monumentos nacionais). Mercantilismo também exalava por todos os poros no plano congeminado para Belém, plano além disso demasiado centralista e desrespeitador da posição da autarquia lisboeta. Mas, dito isto, partilho por inteiro a avaliação quanto à capacidade e visão estratégica de António Lamas e sobretudo quanto ao indecoroso enxovalho de que foi alvo. Como aqui antecipei em Dezembro, dias depois do actual ministro ter tomado posse (Publico, 8.12.2015), estamos parente mais um triste caso em que as políticas se definem pelas agendas de amigos do políticos de turno. Lamentável e à consideração da maioria que suporta o governo e não quererá talvez apenas ficar pela função lubrificante da geringonça.
Luís Raposo, Lisboa
A verdade faz-nos mais fortes
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António Lamas, desagravado
Li e apreciei o artigo de Raquel Henriques da Silva sobre os tratos de polé dados a António Lamas, pelo ministro da Cultura. Não concordo em tudo com a avaliação encomiástica feita pela articulista. Discordo em especial da não detecção de finalidades mercantilistas no reino do Monte da Lua (onde os portugueses nem sequer podem entrar gratuitamente uma vez por mês, como manda a lei para todos os monumentos nacionais). Mercantilismo também exalava por todos os poros no plano congeminado para Belém, plano além disso demasiado centralista e desrespeitador da posição da autarquia lisboeta. Mas, dito isto, partilho por inteiro a avaliação quanto à capacidade e visão estratégica de António Lamas e sobretudo quanto ao indecoroso enxovalho de que foi alvo. Como aqui antecipei em Dezembro, dias depois do actual ministro ter tomado posse (Publico, 8.12.2015), estamos parente mais um triste caso em que as políticas se definem pelas agendas de amigos do políticos de turno. Lamentável e à consideração da maioria que suporta o governo e não quererá talvez apenas ficar pela função lubrificante da geringonça.
Luís Raposo, Lisboa
TPC's - SIM OU NÃO?
O "PÚBLICO" de 13.FEV.2016 citava vários comentários dum Sr. Adelino Calado, Director do Agrupamento de Escolas de Carcavelos, sobre TPC.
Um aspecto curioso foi a referência a que "os alunos do 1º ciclo têm agora cadernos de trabalho onde registam o que consideram mais interessante e que são vistos, no final de cada mês, pelos seus professores". (...) "Tentamos valorizar muito estes trabalhos, atribuindo-lhes, por exemplo, um diploma".
Esta medida afigura-se-me altamente interessante e incentivadora!
Já totalmente descabida me parece a afirmação "Não queremos que o estudo em casa seja associado a uma obrigação ou a um castigo".
Mas mesmo que assim seja, onde está o mal em que se veja os TPC como obrigação? Parece-me, pelo contrário, indispensável que os miúdos adquiram - e quanto mais cedo melhor - a noção das obrigações, para aprenderem a enfrentar a vida que é cheia delas!
Aliás, dois miúdos citados no artigo referiam, cheios de bom senso, que "deviam continuar a existir TPC" e que os ditos "ajudam a estudar e a ver se percebemos o que foi dado nas aulas".
Um dos males da actual juventude é que se lhes passou demasiado a mão pelas cabecinhas - e viraram uns seres insaciáveis e irresponsáveis. Com tantas facilidades: não precisarem saber ler ao fim do 1º ano; eliminação de exames; abolição dos TPC... que adultos desajustados estamos nós a (des)preparar para a vida!?!
Teresa Silva-Gayo, Lisboa