Olimpíadas de 2016 e 2020 levantam suspeitas de corrupção
Autoridades francesas estão a investigar processos de atribuição da organização dos Jogos Olímpicos.
A confirmar-se é mais um escândalo relacionado com um alto organismo do desporto a nível internacional. Depois da FIFA e da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), as atenções voltam-se agora para o Comité Olímpico Internacional (COI), mais precisamente para a atribuição das cidades que vão sediar os Jogos Olímpicos de 2016 e 2020, Rio de Janeiro e Tóquio, respectivamente.
Partindo de uma investigação levada a cabo pelo The Guardian, que durante o último ano tem escrutinado eventos organizados pela IAAF (abalada em 2015 por um escândalo de doping sem precedentes), a publicação inglesa noticiou esta terça-feira a possibilidade de a escolha das cidades brasileira e japonesa poder estar associada a processos pouco claros.
Para as autoridades francesas, que começaram por investigar a corrupção no atletismo e agora também os processos de licitação do COI, nada está provado, mas não rejeitam que possam estar perante mais um caso de corrupção. “Estamos a averiguar todos os factos, mas até agora não temos provas nenhumas”, assegurou um procurador da justiça francesa.
No centro da polémica está Lamine Diack, líder da IAAF por 16 anos (até Agosto passado) e que em 2015 foi detido por suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro. O senegalês é acusado de negociar o seu voto a troco de patrocínios para eventos da IAAF.
No que respeita aos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, a organização não é nunca referida como “elemento” corrupto, uma vez que se suspeita que Diack tenha agido de forma a tentar beneficiar a candidatura do Qatar. Quanto à organização japonesa, o dirigente é acusado de ter alterado a sua intenção de voto, de Istambul (Turquia) para Tóquio (Japão), depois de a IAAF ter garantido um patrocinador japonês para as suas provas.
Esta não é a primeira vez que o COI é abalado por um escândalo de larga escala, uma vez que, em 2002, os Jogos Olímpicos de Inverno, realizados em Salt Lake City, estiveram envoltos em polémica, depois de se confirmar a viciação de resultados na patinagem artística.
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A confirmar-se é mais um escândalo relacionado com um alto organismo do desporto a nível internacional. Depois da FIFA e da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), as atenções voltam-se agora para o Comité Olímpico Internacional (COI), mais precisamente para a atribuição das cidades que vão sediar os Jogos Olímpicos de 2016 e 2020, Rio de Janeiro e Tóquio, respectivamente.
Partindo de uma investigação levada a cabo pelo The Guardian, que durante o último ano tem escrutinado eventos organizados pela IAAF (abalada em 2015 por um escândalo de doping sem precedentes), a publicação inglesa noticiou esta terça-feira a possibilidade de a escolha das cidades brasileira e japonesa poder estar associada a processos pouco claros.
Para as autoridades francesas, que começaram por investigar a corrupção no atletismo e agora também os processos de licitação do COI, nada está provado, mas não rejeitam que possam estar perante mais um caso de corrupção. “Estamos a averiguar todos os factos, mas até agora não temos provas nenhumas”, assegurou um procurador da justiça francesa.
No centro da polémica está Lamine Diack, líder da IAAF por 16 anos (até Agosto passado) e que em 2015 foi detido por suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro. O senegalês é acusado de negociar o seu voto a troco de patrocínios para eventos da IAAF.
No que respeita aos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, a organização não é nunca referida como “elemento” corrupto, uma vez que se suspeita que Diack tenha agido de forma a tentar beneficiar a candidatura do Qatar. Quanto à organização japonesa, o dirigente é acusado de ter alterado a sua intenção de voto, de Istambul (Turquia) para Tóquio (Japão), depois de a IAAF ter garantido um patrocinador japonês para as suas provas.
Esta não é a primeira vez que o COI é abalado por um escândalo de larga escala, uma vez que, em 2002, os Jogos Olímpicos de Inverno, realizados em Salt Lake City, estiveram envoltos em polémica, depois de se confirmar a viciação de resultados na patinagem artística.