Este supermercado vende comida perto do fim do prazo
No WeFood, em Copenhaga, os produtos podem chegar a custar metade do preço praticado em outros supermercados
A ideia partiu de uma organização não-governamental (ONG) e concretizou-se na capital da Dinamarca: porque não abrir um supermercado onde os produtos vendidos estão muito perto do fim da validade ou têm as embalagens danificadas? Muitos destes alimentos acabam no lixo quando estão, ainda, em condições de serem consumidos.
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A ideia partiu de uma organização não-governamental (ONG) e concretizou-se na capital da Dinamarca: porque não abrir um supermercado onde os produtos vendidos estão muito perto do fim da validade ou têm as embalagens danificadas? Muitos destes alimentos acabam no lixo quando estão, ainda, em condições de serem consumidos.
O WeFood está operacional desde 22 de Fevereiro último e é, de acordo com o “Independent”, o primeiro supermercado dedicado à venda de excedentes. Os produtos podem ser até 50% mais baratos do que o normal e o que se pretende é tentar terminar com o desperdício alimentar.
Folkekirkens Nødhjælp, a ONG por detrás do projecto, estabeleceu parcerias com cadeias de supermercados dinamarquesas para o pão e outros produtos, bem como com empresas importadoras de frutas, talhos e produtores biológicos. Os alimentos que preenchem as prateleiras do WeFood são recolhidos junto dos parceiros por voluntários da ONG.
Anualmente, na Dinamarca, 700 mil toneladas de alimentos são desperdiçadas. “É ridículo que estes alimentos sejam simplesmente deitados fora”, disse a ministra dinamarquesa para a alimentação e o ambiente, Eva Kjer Hansen. “É mau para o ambiente e é dinheiro gasto em absolutamente nada.” Nos últimos cinco anos, a Dinamarca conseguiu reduzir o desperdício alimentar em 25%, assegura o mesmo jornal britânico.
Em Portugal, projectos como o Zero Desperdício, o Dose Certa e a Refood têm trabalhado, nos últimos anos, para a diminuição do desperdício alimentar em restaurantes.