Porto de Sines vale metade dos movimentos portuário

O ano de 2015 bateu recordes na carga portuária, com a movimentação de 90 milhões de toneladas. O crescimento nos contentores foi expressivo em Sines e em Setúbal. Em Janeiro, Setúbal cresceu 25%.

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Porto de Sines domina agenda paralela da Cimeira Ibero-Americana Miguel Manso

O volume de carga movimentada no ano de 2015 pelos portos nacionais aumentou 7,5% em termos homólogos, atingindo quase 90 milhões de toneladas, o valor mais elevado de sempre. O porto de Sines é o principal responsável por esta métrica, já que o seu crescimento de 17% face ao ano de 2014 já lhe permite dizer que metade dos movimentos nacionais de carga é realizada nos seus terminais: 49,5% da carga movimentada global, evoluindo dos 45,4% que tinha assegurado em 2014.

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O volume de carga movimentada no ano de 2015 pelos portos nacionais aumentou 7,5% em termos homólogos, atingindo quase 90 milhões de toneladas, o valor mais elevado de sempre. O porto de Sines é o principal responsável por esta métrica, já que o seu crescimento de 17% face ao ano de 2014 já lhe permite dizer que metade dos movimentos nacionais de carga é realizada nos seus terminais: 49,5% da carga movimentada global, evoluindo dos 45,4% que tinha assegurado em 2014.

Segundo o relatório de acompanhamento do mercado portuário divulgado pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), o ano de 2015 assistiu à melhor marca de sempre no volume de contentores em TEU (unidade de medida equivalente a 20 pés, e que é o standard para aferir o volume de transporte em contentor), com a movimentação de 2,58 milhões de TEU, mais 2,5% relativamente a 2014.

Também aqui o porto de Sines assume particular relevância, por dedicar 80% das suas operações ao transhipment, e, por isso, estar menos dependente das importações e exportações nacionais. Sines, que aumentou recentemente a capacidade dos seus terminais, assume na carga contentorizada uma posição de liderança, com uma quota de 51,6% em todos os movimentos deste tipo de carga nos portos nacionais.

Para além de Sines, que cresceu em 2015, em termos homólogos, 8,5% na carga contentorizada, também os portos de Setúbal e Figueira da Foz  revelaram taxas de crescimento expressivas, de 17,7% e 17,6%. Em contrapartida, os portos de Leixões e Lisboa (mais expostos às importações e exportações nacionais e aos movimentos nomeadamente para Angola) registaram quebras de 6,4% e de 4,1%, respectivamente.

Se os dados de 2015 foram animadores na carga contentorizada, o arranque de 2016 marcou novos recordes no porto de Setúbal, que nesta quinta-feira reportou um crescimento homólogo de 25%, e que passa a constituir o novo máximo mensal nesta tipologia de carga. 

Segundo a administração do porto de Setúbal, foram movimentados 12 mil TEU de carga contentorizada no mês de Janeiro. O porto de Setúbal é, também, um dos três portos nacionais (a par com Viana do Castelo e Figueira da Foz) que regista um volume de carga embarcada superior ao da carga desembarcada, atingindo os 64,4%.