Portugal com mais um caso de Zika importado do Brasil

Até agora o país soma sete infecções, seis vindas do Brasil e uma da Colômbia.

Foto
As grávidas são o especial grupo de risco pelas consequências que se suspeita que o vírus tenha no bebé Christophe SIMON/AFP

Portugal registou até ao momento sete casos de infecções pelo vírus Zika. O sétimo caso diz respeito a uma cidadã que regressou recentemente do Brasil, indica uma nova nota da Direcção-Geral da Saúde (DGS).

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Portugal registou até ao momento sete casos de infecções pelo vírus Zika. O sétimo caso diz respeito a uma cidadã que regressou recentemente do Brasil, indica uma nova nota da Direcção-Geral da Saúde (DGS).

Segundo a DGS, a doença foi confirmada laboratorialmente pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Dos sete casos confirmados em Portugal, seis foram importados do Brasil e um da Colômbia — dois dos países mais afectados pelo surto. Os casos evoluíram favoravelmente, segundo a DGS.

Numa das suas últimas actualizações sobre o Zika, a DGS tinha recomendado que os homens que regressem de áreas afectadas pelo vírus utilizem preservativo durante as relações sexuais “à luz do princípio da precaução”, já que alguma evidência científica aponta para a possibilidade de a doença ser também transmitida pelo sémen e não apenas pela picada de mosquitos infectados. Mesmo que os regressados de países afectados não apresentem sintomas, devem evitar relações sexuais desprotegidas durante 28 dias e, se exibirem sinais da infecção, devem usar preservativos durante um período de seis meses.

Também para as mulheres que regressam de áreas afectadas as recomendações são agora mais exigentes. As que não estão grávidas devem evitar engravidar durante 28 dias e, no caso daquelas que já estão grávidas, aconselha-se a realização de ecografias. No início deste mês, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que os casos de microcefalia e a ocorrência de alterações neurológicas, pela sua gravidade e pela carga que implicam para as famílias, constituem uma emergência de saúde pública de âmbito internacional.

O Zika é transportado por um mosquito comum nas Américas — o Aedes aegypti —, o mesmo que é portador da febre dengue e do vírus chikungunya, duas doenças comuns no Brasil. Com a excepção dos perigos para bebés em gestação, o vírus é quase inofensivo: nos piores dos casos causa febre ligeira, irritação cutânea ou olhos avermelhados.

Até agora foram notificados casos de doença pelo vírus de Zika em vários países, como Brasil, Cabo Verde, Colômbia, El Salvador, Fiji, Guatemala, México, Nova Caledónia, Panamá, Paraguai, Porto Rico, Samoa, ilhas Salomão, Suriname, Vanuatu, Venezuela, Martinica, Guiana Francesa e Honduras.