Quatro “noivas de conveniência” portuguesas constituídas arguidas
Serviço de Estrangeiros e Fronteiras desmantela rede internacional de casamentos fraudulentos com estrangeiros que pretendiam ver assim regularizada a sua situação na Europa.
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) desmantelou uma rede internacional que se dedicava a promover casamentos de conveniência entre noivas que recrutava em Portugal e estrangeiros que assim conseguiam ficar na Europa de forma legal. Quatro noivas e quatro estrangeiros foram constituídos arguidos.
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O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) desmantelou uma rede internacional que se dedicava a promover casamentos de conveniência entre noivas que recrutava em Portugal e estrangeiros que assim conseguiam ficar na Europa de forma legal. Quatro noivas e quatro estrangeiros foram constituídos arguidos.
As quatro portuguesas, entre os 20 e os 30 anos, foram identificadas pela investigação do SEF como “noivas de conveniência”, refere a organização em comunicado. Todas elas terão aceitado casar com cidadãos estrangeiros a troco de pagamentos, deslocando-se a país estrangeiro para realização do casamento.
"Mulheres com especiais carências económicas eram o alvo preferencial da organização que as recrutava em bairros do Grande Porto e da cidade de Braga", locais onde decorreu a operação do SEF, refere-se. No desenrolar da chamada operação Zebra, quatro homens foram também constituídos arguidos e detidos pelos crimes de casamento de conveniência e de auxílio à imigração ilegal, em cumprimento de mandados de detenção do Departamento de Investigação e Acção Penal.
Entre os detidos encontra-se o principal cabecilha da rede, um cidadão estrangeiro naturalizado português, bem como estrangeiros que recorreram à organização criminosa quando vieram para Portugal.
A operação envolveu 68 inspectores e conduziu à apreensão “prova documental dos crimes praticados pelos agora arguidos – bilhetes de avião, passaportes e transferências internacionais de dinheiro -, resultante do cumprimento de nove mandados de buscas domiciliárias”. As diligências são o culminar seis meses de investigação delegada no SEF pelo Ministério Público.
Os detidos vão apresentar-se no Tribunal de Braga, para primeiro interrogatório judicial.