Fahrenheit 9/11, de Michael Moore, Palma de Ouro de Cannes em 2004, é um dos documentários mais rentáveis de sempre. A proeza não será ameaçada por Where to Invade Next, o último do documentarista norte-americano. Filme em que Moore viaja pelo Globo – paragem por Portugal, e já lá iremos… – em busca de legislação que possa inspirar as instituições americanas, é o seu primeiro filme em seis anos e aquele com pior performance no mercado dos EUA. Os números do fim de semana de estreia são até consideravelmente inferiores, por exemplo, a The Big One (1998) e a Canadian Bacon (1995).
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Fahrenheit 9/11, de Michael Moore, Palma de Ouro de Cannes em 2004, é um dos documentários mais rentáveis de sempre. A proeza não será ameaçada por Where to Invade Next, o último do documentarista norte-americano. Filme em que Moore viaja pelo Globo – paragem por Portugal, e já lá iremos… – em busca de legislação que possa inspirar as instituições americanas, é o seu primeiro filme em seis anos e aquele com pior performance no mercado dos EUA. Os números do fim de semana de estreia são até consideravelmente inferiores, por exemplo, a The Big One (1998) e a Canadian Bacon (1995).
Não deve ter ajudado o facto de uma prevista tournée de promoção de 50 datas e presenças em talk shows televisivos terem sido cancelados pelo facto de o cineasta ter adoecido com pneumonia. Uma esperada nomeação para os Óscares também não se confirmou.
Where to invade next foi filmado em registo de viagem e escolhe uma abordagem satírica – o tom está logo evidenciado no título – para ir buscar exemplos a vários países, da Islândia à Alemanha, da Finlândia a Portugal, de formas alternativas à norte-americana de lidar com problemas sociais e económicos. No roteiro não estava incluído o Reino Unido, e quando respondeu a perguntas, sobre isso, por parte de jornalistas britânicos, Moore disse que quis ir a lugares onde pudesse aprender alguma coisa e "neste momento não se aprende nada no Reino Unido" – segundo o Guardian, o filme não tem ainda confirmada estreia britânica.
Na sua passagem por Portugal, Moore faz entrevistas sobre a decisão de 2001 de descriminalizar a compra, posse e consumo de drogas no país. Falou com polícias e sobre os índices de decréscimo do consumo de estupefacientes, com um dos responsáveis da Comissão para a Dissuasão da Toxicodependência de Lisboa e sobre outros temas (esteve na manifestação da CGTP no 1.º de Maio, por exemplo). Este “episódio português” foi um dos argumentos da Motion Picture Association of America (MPAA) – outros foram a "violência" e "cenas de nudez" no filme – para lhe dar a classificação etária de R, tornando obrigatório que os espectadores adolescentes sejam acompanhados por adultos. Moore recusou fazer cortes, recorreu da decisão, mas a MPAA confirmou-a.