Guterres destaca empenho de Boutros-Ghali na diplomacia para a paz
O diplomata egípcio que liderou as Nações Unidas entre 1992 e 1996 morreu nesta terça-feira aos 93 anos.
António Guterres considerou nesta terça-feira que Boutros-Ghali “foi um militante da paz”, um homem “particularmente empenhado na diplomacia para a paz”. O ex-alto-comissário da ONU para os Refugiados e futuro candidato a secretário-geral daquela organização soube da morte de Boutros-Ghali durante a sua audição na comissão parlamentar dos Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, onde falava sobre a crise dos refugiados a pedido do PSD.
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António Guterres considerou nesta terça-feira que Boutros-Ghali “foi um militante da paz”, um homem “particularmente empenhado na diplomacia para a paz”. O ex-alto-comissário da ONU para os Refugiados e futuro candidato a secretário-geral daquela organização soube da morte de Boutros-Ghali durante a sua audição na comissão parlamentar dos Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, onde falava sobre a crise dos refugiados a pedido do PSD.
À saída da comissão, questionado pelos jornalistas, António Guterres afirmou que aquilo por que Boutros Boutros-Ghali sempre se bateu continua ainda hoje a ser o “grande desafio” que se impõe à humanidade — “a necessidade de um impulso forte para uma diplomacia para a paz”.
“Estamos a assistir a uma multiplicação de conflitos com trágicas consequências no plano humanitário e a ter cada vez mais dificuldade em resolver os antigos conflitos”, disse o também antigo líder socialista e ex-primeiro-ministro português.
“A prioridade absoluta na prevenção dos conflitos e na solução dos velhos conflitos exige, de facto, a capacidade de mobilizar todos aqueles que podem contribuir em cada uma das situações para pôr termo àquilo que é hoje uma tragédia para as populações que sofrem terrivelmente e que tem causado uma aceleração dramática no movimento dos refugiados”, defendeu António Guterres.