Governo chama sindicatos para explicar acordo na TAP
Reuniões com sindicatos e comissão de trabalhadores estão agendados para quinta e sexta-feira.
O Governo mandou finalmente chamar a plataforma de oito sindicatos da TAP para debater, na próxima sexta-feira, a situação na companhia de aviação. A reunião, que acontece depois de um pedido de audiência enviado ao executivo a 22 de Dezembro, servirá para explicar o acordo que dará ao Estado 50% da empresa. O secretário de Estado das Infra-estruturas também receberá, mas na quinta-feira, a comissão de trabalhadores e outros três sindicatos.
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O Governo mandou finalmente chamar a plataforma de oito sindicatos da TAP para debater, na próxima sexta-feira, a situação na companhia de aviação. A reunião, que acontece depois de um pedido de audiência enviado ao executivo a 22 de Dezembro, servirá para explicar o acordo que dará ao Estado 50% da empresa. O secretário de Estado das Infra-estruturas também receberá, mas na quinta-feira, a comissão de trabalhadores e outros três sindicatos.
O PÚBLICO sabe que o encontro com a plataforma sindical está agendado para as 10h de sexta-feira. À mesa estarão os representantes do Sindicato dos Economistas, Sindicato dos Engenheiros, Sindicato dos Contabilistas, Sindicato das Industrias Metalúrgicas e Afins, Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves, Sindicato Nacional dos Engenheiros, Sindicato dos Quadros da Aviação Comercial e Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos. São recebidos pelo secretário de Estado das Infra-estruturas, Guilherme Waldemar Martins.
Na quinta-feira, o governante reúne com o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil, o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil. A comissão de trabalhadores será recebida no mesmo dia. De fora, fica apenas o sindicato dos pilotos.
Estas reuniões servirão para obter esclarecimentos sobre o acordo a que o executivo chegou com os actuais donos da TAP, o consórcio Atlantic Gateway, de Humberto Pedrosa e David Neeleman. Os trabalhadores têm um papel relevante na futura configuração accionista da empresa, visto que lhes estão reservados 5%, a alienar através de uma oferta pública de venda.
Será a adesão a esta operação que vai determinar a participação que ficará nas mãos dos privados. Como o Estado vai recuperar 50% da empresa, a Atlantic Gateway passará a deter entre 45% e 50%, já que receberá as acções que os funcionários não comprarem. A gestão, porém, caberá sempre ao consórcio de Pedrosa e Neeleman.
Mas há outros temas que os sindicatos querem debater, especialmente os impactos da estratégia da gestão para os trabalhadores. Recorde-se que uma das medidas já tomadas, e que tem gerado forte contestação no Porto, é a supressão de rotas e frequências.
A reunião com os sindicatos vai começar um dia depois de o ministro do Planeamento e Infra-estruturas receber a Associação Peço a Palavra, na quarta-feira, pelas 11h. Para quarta, às 15h, está também agendado o encontro entre António Costa e Rui Moreira, para debater a situação do Porto.