Temos de falar sobre a Internet das Coisas
O futuro imediato exige uma proximidade nunca antes tentada entre as indústrias, as empresas tecnológicas, e os promotores de software.
O Fórum Económico Mundial de Davos, em Janeiro, dedicou especial atenção à chamada “quarta revolução industrial” e à Internet das Coisas (“Internet of Things”). A mudança assenta nas tecnologias “tradicionais”, através de um conceito inédito, que vai ligar milhões de equipamentos electrónicos entre si, em todo o mundo, num gigantesco universo de informação.
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O Fórum Económico Mundial de Davos, em Janeiro, dedicou especial atenção à chamada “quarta revolução industrial” e à Internet das Coisas (“Internet of Things”). A mudança assenta nas tecnologias “tradicionais”, através de um conceito inédito, que vai ligar milhões de equipamentos electrónicos entre si, em todo o mundo, num gigantesco universo de informação.
Na Suíça, os principais operadores mundiais anteciparam a transformação em curso, através da economia da robótica avançada e da inteligência artificial, em que o conhecimento e a especialização são determinantes.
As empresas do sector tecnológico têm a particular responsabilidade de responder de forma activa a este desafio. A “Internet of Things” vai ser um instrumento potenciador da inteligência humana, cada vez mais necessária para criar riqueza na indústria, nos serviços, no entretenimento, em toda a economia e na sociedade.
A mudança já começou nas nossas casas, onde alguns equipamentos já “falam” uns com os outros, e há-de estender-se a realidades mais alargadas, dando corpo ao conceito de Cidades Inteligentes (Smart Cities), em que um vasto conjunto de sensores ligados em rede vai gerir desde a recolha do lixo à eficiência da iluminação pública, passando pela informação interactiva disponibilizada na rua, em ecrãs de alta definição.
Existem hoje 25 mil milhões de dispositivos ligados em todo o mundo, a cada momento, numa “fusão de dados” inédita na história da Humanidade. Mas esta nova revolução industrial, em que cada pessoa está ligada a centenas de equipamentos, em contínua actualização, representa para já um potencial a explorar e a descobrir. Estamos apenas no começo.
Nesse sentido, é obrigatória a interoperabilidade entre dispositivos “conectados”, que funcionem em plataformas abertas e permitam, a cada utilizador, criar o seu próprio ecossistema. O futuro imediato exige uma proximidade nunca antes tentada entre as indústrias, as empresas tecnológicas, e os promotores de software, para a concretização plena da “Internet of Things”. Esse é o grande desafio, mas também a nossa maior responsabilidade.
Director de Negócio da Samsung Portugal