PS e PSD sem acordo para presidente do Conselho Económico e Social
Sociais-democratas reivindicam indicar o nome e manter Luís Filipe Pereira no cargo em troca da indicação do futuro provedor de Justiça e socialistas não aceitam. A eleição marcada para sexta-feira foi adiada para 10 de Março.
O PS e o PSD não se entenderam sobre o candidato à presidência do Conselho Económico e Social (CES), o que obrigou ao adiamento da votação prevista já para sexta-feira. A eleição, que exige dois terços dos deputados, ficou marcada para dia 10 de Março.
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O PS e o PSD não se entenderam sobre o candidato à presidência do Conselho Económico e Social (CES), o que obrigou ao adiamento da votação prevista já para sexta-feira. A eleição, que exige dois terços dos deputados, ficou marcada para dia 10 de Março.
Os sociais-democratas consideram que têm a prerrogativa de indicar o candidato ao CES, à luz de um acordo informal em que os socialistas apontam o nome do provedor de Justiça. Neste caso, o actual titular, José de Faria Costa, só termina o mandato em 2017.
Ao que o PÚBLICO apurou, o PSD pretendia a manutenção de Luís Filipe Pereira, ex-ministro social-democrata, à frente daquele órgão consultivo, mas o PS ainda não deu o seu aval. O impasse entre as duas bancadas já dura há algumas semanas e obrigou ao adiamento da eleição esta manhã na conferência de líderes.
O motivo do adiamento não foi referido por nenhum dos líderes parlamentares, mas o PÚBLICO apurou que se justifica com a falta de entendimento sobre o nome do candidato à liderança do CES. Luís Filipe Pereira foi a escolha do PSD quando em Maio do ano passado foi preciso substituir Silva Peneda que renunciou ao cargo.
Já naquela altura, PS e PSD travaram um braço-de-ferro por causa do cargo. Os socialistas defendiam que se deveria indicar um nome provisório até às legislativas de Outubro e fazer a eleição definitiva na nova legislatura.
A conferência de líderes manteve para sexta-feira a eleição de membros de outros órgãos externos à Assembleia da República como o Conselho Superior de Defesa Nacional, o Conselho Superior de Segurança Interna, e a Comissão Nacional de Eleições.