Do cinema para a ópera: Sofia Coppola encena La Traviatta
A nova produção da famosa ópera de Verdi estreará na Ópera de Roma dia 24 de Maio e será financiada pela fundação do designer de moda Valentino, que assinará o guarda-roupa.
Maria Antonieta já tinha o seu quê de ópera. Ópera rock, mas ópera, ainda assim. Tendo isso em mente, talvez o anúncio se torne menos surpreendente. Sofia Coppola será a responsável por uma nova produção de La Traviatta, uma das mais famosas óperas de Verdi, que se estreará na Ópera de Roma dia 24 de Maio.
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Maria Antonieta já tinha o seu quê de ópera. Ópera rock, mas ópera, ainda assim. Tendo isso em mente, talvez o anúncio se torne menos surpreendente. Sofia Coppola será a responsável por uma nova produção de La Traviatta, uma das mais famosas óperas de Verdi, que se estreará na Ópera de Roma dia 24 de Maio.
A nova La Traviatta será financiada pela Fundação Valentino Garavani, do designer de moda Valentino, que, juntamente com a sua equipa, também assinará o guarda-roupa das personagens principais. A cenografia estará a cargo do britânico Nathan Crowley (Batman – O Início e Batman – O Cavaleiro das Trevas). Perante estes factos, e voltando a Maria Antonieta e à importância da alta-costura no impacto visual e na identidade do filme, surpreende ainda menos a nova aventura de Sofia Coppola. De resto, Carlo Fuortes, director geral da Fundação da Ópera de Roma, disse à imprensa que a nova produção se inspirará no mundo do cinema, destacando em Coppola a sua capacidade para “equilibrar o clássico e o moderno”, bem como a sua “sensibilidade distintiva e estética musical”.
A ópera, que será apresentada em 15 datas, entre 24 de Maio e 30 de Junho, surge num momento em que a Ópera de Roma parece ter estabilizado depois de anos de turbulência, motivados por sub-financiamento e conflitos entre a administração e os seus profissionais que levaram mesmo o maestro Riccardo Muti a cancelar duas produções em 2014. Em 2015, porém, a sala que vive na sombra do La Scala, em Milão, atingiu o equilíbrio financeiro e, aparentemente, a paz entre a administração e os trabalhadores.