Ler e voar
Li, embevecido, uma revista cheia, cheia de insolência, sinceridade, poesia, crítica política e defesa da liberdade e da insubmissão. Chama-se Flauta de Luz e o editor e coordenador é Júlio Henriques, um escritor e activista libertário cujos trabalhos são sempre generosos, úteis, divertidos e despertadores.
A verdade faz-nos mais fortes
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Li, embevecido, uma revista cheia, cheia de insolência, sinceridade, poesia, crítica política e defesa da liberdade e da insubmissão. Chama-se Flauta de Luz e o editor e coordenador é Júlio Henriques, um escritor e activista libertário cujos trabalhos são sempre generosos, úteis, divertidos e despertadores.
O número 3 é compulsivamente interessante. Estamos tão habituados ao rame-rame que passa por crítica que é desconcertante ler a crítica gloriosamente inteligente e desencantada de tudo o que passa sem discussão, como o trabalho, o progresso e as ilusões da independência.
Para mais, Flauta de Luz está cheia de celebrações e de novidades, de lembranças e desejos. O bota-abaixo não poderia ser mais alegre e desenfreado mas também há alegrias, risotas e deslumbramentos.
“Realizar a Poesia: Guy Debord e a Revolução de Abril” é uma fascinante e imprevisível biografia histórica escrita por Maria de Magalhães Ramalho, cheia de pormenores inesquecíveis, de humor, impaciência, personalidade – e do génio de Guy Debord, cada vez mais bem-vindo.
Portugal inteiro deveria ler a denúncia violenta e delirantemente amorosa de José Miguel Pérez Corrales ao pormenorizar, atónito, a destruição das pessoas e culturas, dos hábitos e dos lugares que o fizeram apaixonar-se por Portugal.
No “Tripalium” de Paulo Barreiro, no meio de pensamentos excitantes contra as escravidões instaladas, soube que “trabalho” vem de tripalium, um instrumento de tortura.
Bravo!