Dívida pública manteve-se acima de 231 mil milhões no final de 2015
Redução de empréstimos obtidos pelo Estado permitiu baixar a dívida em 200 milhões de euros em Dezembro face ao mês anterior.
O Estado apresentou em Dezembro uma redução do stock de empréstimos superior ao aumento do montante relativo a títulos obrigacionistas, o que permitiu uma diminuição da dívida pública no último mês de 2015 em relação ao mês anterior.
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O Estado apresentou em Dezembro uma redução do stock de empréstimos superior ao aumento do montante relativo a títulos obrigacionistas, o que permitiu uma diminuição da dívida pública no último mês de 2015 em relação ao mês anterior.
De acordo com a actualização estatística do Banco de Portugal sobre o financiamento das administrações pública, a dívida pública situava-se em 231,1 mil milhões de euros em Dezembro, menos 200 milhões de euros do que em Novembro.
A estatística mais recente relativa ao valor da dívida pública medido em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com as regras europeias, é de Setembro, altura em que a dívida equivalia a 130,5% do PIB, totalizando 231,9 mil milhões de euros. Depois de ter estado em 130,2% em Dezembro de 2014 e em 130,3% em Março de 2015, a dívida baixou para 128,6% em Junho, mas voltou a superar os 130% no final do trimestre seguinte.
A redução de 200 milhões de euros face a Novembro “reflecte uma diminuição de empréstimos (1600 milhões de euros) e emissões líquidas positivas de títulos (1400 milhões de euros), nomeadamente de longo prazo”, refere o Banco de Portugal.
Ao mesmo tempo que diminuiu a dívida, houve uma “redução mais acentuada” dos depósitos detidos pelo Estado, no valor de 4400 milhões de euros.
A intervenção pública no Banif no final do ano passado, aplicada através da medida de resolução que acompanhou a venda da instituição ao Santander Totta (por 150 milhões), teve impacto no valor da dívida de Dezembro.
Um valor de 700 milhões de euros refere-se a títulos de dívida emitidos pela Oitante, a sociedade-veículo (inicialmente chamada Naviget) que ficou com os activos do Banif não comprados pelo Santander Totta.
Também as transferências de capital realizadas pelo Estado e pelo Fundo de Resolução para o Banif “implicaram um aumento de 2,3 mil milhões de euros na dívida líquida de depósitos, por via da redução de depósitos”.