Inquérito da IGAI aos Kamov prolonga-se por dez meses

Investigação lançada em Junho do ano passado e que deveria demorar um mês, só deve estar terminada em Abril.

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Neste momento só há três helicópteros Kamov a operar Vasco Célio

Inicialmente estava previsto demorar um mês, mas, neste momento, já se prolonga há sete meses e a sua conclusão só está prevista para Abril. Falamos do inquérito que a Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) abriu em Junho do ano passado para apurar responsabilidades depois de terem sido detectados problemas “graves no estado das aeronaves” pesadas do Estado, os Kamov, que ditaram a paragem dos cinco aparelhos (um está acidentado desde 2012), em Maio do ano passado.

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Inicialmente estava previsto demorar um mês, mas, neste momento, já se prolonga há sete meses e a sua conclusão só está prevista para Abril. Falamos do inquérito que a Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) abriu em Junho do ano passado para apurar responsabilidades depois de terem sido detectados problemas “graves no estado das aeronaves” pesadas do Estado, os Kamov, que ditaram a paragem dos cinco aparelhos (um está acidentado desde 2012), em Maio do ano passado.

Contactada pelo PÚBLICO, o Ministério da Administração Interna (MAI) informa que “o inquérito ainda decorre” e que a sua conclusão “está prevista para Abril”. Na resposta, enviada por email, o MAI não adianta qualquer explicação para o atraso. O inquérito da IGAI foi aberto por ordem da anterior ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues, na sequência de uma proposta do então secretário de Estado João Almeida. O despacho dava 30 dias à IGAI para entregar as conclusões das suas averiguações.

Os problemas mecânicos nas aeronaves foram detectados durante o processo de transferência da operação dos Kamov para a empresa Everjets. Até então a operação desses meios era assegurada directamente pelo Estado, primeiro através da Empresa de Meios Aéreos e, depois da extinção desta, pela Autoridade Nacional de Protecção Civil. Durante esse período, o Estado contratava a manutenção daquelas aeronaves à empresa Heliportugal, a sociedade que em 2006 vendera os seis Kamov ao Estado.

Os problemas operacionais nos Kamov ainda se mantêm mas, a meio deste mês, o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, informou que os dois helicópteros pesados que continuam inoperacionais iriam ser reparados "com a máxima urgência", para poderem integrar a fase mais crítica dos incêndios do próximo Verão. Dos seis helicópteros da frota do Estado, neste momento apenas três estão aptos a voar. Além dos dois aparelhos inoperacionais, um terceiro helicóptero despenhou-se no combate a um fogo em 2012, em Ourém, estando o que resta do aparelho guardado num armazém em Ponto de Sor.