Murray bate Raonic e defronta Djokovic na final do Open da Austrália

É a quarta vez que o britânico e o sérvio se defrontam na final em Melbourne. Até agora, Djokovic ganhou sempre.

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Murray precisou de cinco sets para bater um Raonic que acusou o desgaste REUTERS/Issei Kato

O tenista britânico Andy Murray recuperou nesta sexta-feira por duas vezes da desvantagem perante o canadiano Milos Raonic e qualificou-se para a final do Open da Austrália, na qual procurará conquistar o primeiro título, frente ao sérvio Novak Djokovic.

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O tenista britânico Andy Murray recuperou nesta sexta-feira por duas vezes da desvantagem perante o canadiano Milos Raonic e qualificou-se para a final do Open da Austrália, na qual procurará conquistar o primeiro título, frente ao sérvio Novak Djokovic.

Murray, número dois do ranking mundial, perdeu o primeiro e terceiro sets, mas acabou por se impor em cinco parciais, por 4-6, 7-5, 6-7 (4-7), 6-4 e 6-2, beneficiando também da aparente inferioridade física de Raonic, que se queixou de dores na coxa direita na parte final do encontro.

Na final do Grand Slam inaugural de 2016, o tenista escocês, segundo cabeça de série, não deverá ter tarefa fácil para contrariar o número um do mundo, que já se sagrou por cinco vezes campeão em Melbourne, três das quais, precisamente, frente a Murray, em 2011, 2013 e 2015.

Ao contrário do britânico, que perdeu todas as quatro finais que disputou na Austrália, a primeira das quais frente a Roger Federer, em 2010, Djokovic, que bateu o suíço nas meias-finais, conquistou o título nas cinco vezes que atingiu o jogo decisivo (2008, 2011, 2012, 2013 e 2015).

Hoje, Murray apelou a uma qualidade que muito o poderá ajudar frente a Djokovic, vencedor de 21 dos 30 encontros disputados com o britânico. A regularidade do número dois mundial contrastou — e foi a chave do sucesso — frente um Raonic que viveu de superlativos: para o melhor e o pior.

O canadiano conquistou substancialmente mais winners (72 contra 38), mas também cometeu mais do dobro de erros não forçados (78 contra 28). Além disso, Murray obteve apenas nove ases, contra 23 de Raonic, que, no entanto, efectuou oito duplas faltas, mais seis do que o escocês.

"Foi duro porque ele [Raonic] tem um dos melhores serviços da actualidade. Comecei a ler melhor os seus jogos de serviço à medida que o encontro prosseguia e consegui fazer mais devoluções", observou Murray, de 28 anos.

O canadiano, 13.º pré-designado, até entrou da melhor forma no encontro, quebrando o serviço a Murray, mas, a partir desse momento, o britânico não voltou a consentir idêntica “desfaçatez”, ainda que também tenha tido dificuldade para contrariar os jogos de serviço de Raonic.

A batalha pelo quarto parcial revelou-se decisiva para o triunfo de Murray, que hoje disputou a 17.ª meia-final em provas do Grand Slam, contra apenas duas de Raonic, que atirou claramente a “toalha ao tapete” no derradeiro set