Novak Djokovic atinge outro nível

Número um do mundo ultrapassou Roger Federer. Serena Williams e Angelique Kerber disputam a final do Open da Austrália.

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Thomas Peter/Reuters

Novak Djokovic está a uma vitória de conquistar o quinto título no Open da Austrália nos últimos seis anos. Depois de confirmar o seu estatuto de melhor tenista do mundo com uma exibição de grande classe diante de Roger Federer, o sérvio qualificou-se para a sua sexta final em Melbourne e 17.ª final consecutiva no circuito profissional, em mais uma prova do domínio que exerce no ténis masculino.

Na muito aguardada meia-final com Federer, um dos raros jogadores que tem desafiado a supremacia do líder do ranking, Djokovic mostrou-se preparado para o ténis ofensivo do suíço desde o primeiro ponto. E, em somente 54 minutos, alcançou uma vantagem de dois sets que, praticamente, sentenciou as aspirações de Federer. “Estes dois primeiros sets foram, provavelmente, os melhores que alguma vez joguei contra ele em toda a minha carreira. Tive alguns momentos em alguns sets, quando o defrontei, em que joguei a um elevado nível, mas este foi a um nível diferente do que aconteceu antes”, admitiu Djokovic, após o triunfo por 6-1, 6-2, 3-6 e 6-3.

Federer reagiu no terceiro set e jogou o seu melhor ténis até ao 3-4 da quarta partida. A 15-30, recuou da rede para recuperar de um lob, devolveu o smash do sérvio e concluiu um ponto com um passing-shot de esquerda ao longo da linha que levantou a Rod Laver Arena. Só que Djokovic recompôs-se depressa, conseguiu duas boas respostas — uma delas com a ajuda da rede — para fazer o break e fechou o encontro com um jogo em branco.

“Foi um break crucial. Sabia que se baixasse o meu nível ou a concentração ou me distraísse por alguma coisa, ele iria aproveitar a oportunidade para saltar em cima de mim e controlar os pontos”, explicou Djokovic, após passar para a frente na conta-corrente com Federer: 23 vitórias em 45 encontros. No início do ano, tinha obtido o mesmo ascendente sobre Rafael Nadal (23-22) e lidera confortavelmente diante de Andy Murray (21-9) ou mesmo frente a Stan Wawrinka (19-4), que, em 2014, interrompeu o seu reinado na Austrália, iniciado em 2011.

Djokovic colocou mais primeiros serviços, serviu mais ases (10 contra cinco), cometeu menos erros não forçados (20 contra 51) e teve mais oportunidades de break (9-4). Só perdeu nos winners (33-34). Mas, aos 34 anos, Federer continua optimista. “Neste momento, Novak é a referência para todos. Ele é o único tipo que me tem parado — e Stan, quando estava ‘on fire’ em Paris”, vincou o número três mundial referindo-se às derrotas sofridas, no ano passado, nas finais de Wimbledon, Open dos EUA e ATP World Tour Finals.

Na sexta-feira de manhã, saber-se-á o nome do último jogador que irá desafiar o domínio de Djokovic. Andy Murray e Milos Raonic disputam a segunda meia-final, com ambos a dividirem a vitória nos seis duelos anteriores.

No ténis feminino, Serena Williams exerce um domínio idêntico ao de Djokovic. Em somente 1h04m, a norte-americana dominou Agnieszka Radwanska nas meias-finais e ficou a uma vitória de igualar Steffi Graf com 22 títulos do Grand Slam.
Radwanska, que vai subir ao terceiro lugar do ranking, ganhou apenas sete pontos no primeiro set, mas reagiu bem no segundo, até servir a 4-4, 40-15. Uma fulminante resposta de esquerda de Serena abriu caminho para o break e a polaca não ganhou mais nenhum ponto até ao 6-0, 6-4. “Temos que estar prontas… ou prontas para ir para casa”, resumiu a número um mundial.

Serena, que nunca perdeu nas seis finais que disputou em Melbourne, tem como última adversária a estreante Angelique Kerber, primeira finalista alemã na Austrália desde Anke Huber, em 1996. A última compatriota de Kerber a conquistar o título australiano foi Graf, em 1994. “Steffi, escreve-me por favor”, brincou Kerber (6.ª), após pôr fim ao excelente torneio realizado pela britânica Johanna Konta (47.ª): 7-5, 6-2.

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Novak Djokovic está a uma vitória de conquistar o quinto título no Open da Austrália nos últimos seis anos. Depois de confirmar o seu estatuto de melhor tenista do mundo com uma exibição de grande classe diante de Roger Federer, o sérvio qualificou-se para a sua sexta final em Melbourne e 17.ª final consecutiva no circuito profissional, em mais uma prova do domínio que exerce no ténis masculino.

Na muito aguardada meia-final com Federer, um dos raros jogadores que tem desafiado a supremacia do líder do ranking, Djokovic mostrou-se preparado para o ténis ofensivo do suíço desde o primeiro ponto. E, em somente 54 minutos, alcançou uma vantagem de dois sets que, praticamente, sentenciou as aspirações de Federer. “Estes dois primeiros sets foram, provavelmente, os melhores que alguma vez joguei contra ele em toda a minha carreira. Tive alguns momentos em alguns sets, quando o defrontei, em que joguei a um elevado nível, mas este foi a um nível diferente do que aconteceu antes”, admitiu Djokovic, após o triunfo por 6-1, 6-2, 3-6 e 6-3.

Federer reagiu no terceiro set e jogou o seu melhor ténis até ao 3-4 da quarta partida. A 15-30, recuou da rede para recuperar de um lob, devolveu o smash do sérvio e concluiu um ponto com um passing-shot de esquerda ao longo da linha que levantou a Rod Laver Arena. Só que Djokovic recompôs-se depressa, conseguiu duas boas respostas — uma delas com a ajuda da rede — para fazer o break e fechou o encontro com um jogo em branco.

“Foi um break crucial. Sabia que se baixasse o meu nível ou a concentração ou me distraísse por alguma coisa, ele iria aproveitar a oportunidade para saltar em cima de mim e controlar os pontos”, explicou Djokovic, após passar para a frente na conta-corrente com Federer: 23 vitórias em 45 encontros. No início do ano, tinha obtido o mesmo ascendente sobre Rafael Nadal (23-22) e lidera confortavelmente diante de Andy Murray (21-9) ou mesmo frente a Stan Wawrinka (19-4), que, em 2014, interrompeu o seu reinado na Austrália, iniciado em 2011.

Djokovic colocou mais primeiros serviços, serviu mais ases (10 contra cinco), cometeu menos erros não forçados (20 contra 51) e teve mais oportunidades de break (9-4). Só perdeu nos winners (33-34). Mas, aos 34 anos, Federer continua optimista. “Neste momento, Novak é a referência para todos. Ele é o único tipo que me tem parado — e Stan, quando estava ‘on fire’ em Paris”, vincou o número três mundial referindo-se às derrotas sofridas, no ano passado, nas finais de Wimbledon, Open dos EUA e ATP World Tour Finals.

Na sexta-feira de manhã, saber-se-á o nome do último jogador que irá desafiar o domínio de Djokovic. Andy Murray e Milos Raonic disputam a segunda meia-final, com ambos a dividirem a vitória nos seis duelos anteriores.

No ténis feminino, Serena Williams exerce um domínio idêntico ao de Djokovic. Em somente 1h04m, a norte-americana dominou Agnieszka Radwanska nas meias-finais e ficou a uma vitória de igualar Steffi Graf com 22 títulos do Grand Slam.
Radwanska, que vai subir ao terceiro lugar do ranking, ganhou apenas sete pontos no primeiro set, mas reagiu bem no segundo, até servir a 4-4, 40-15. Uma fulminante resposta de esquerda de Serena abriu caminho para o break e a polaca não ganhou mais nenhum ponto até ao 6-0, 6-4. “Temos que estar prontas… ou prontas para ir para casa”, resumiu a número um mundial.

Serena, que nunca perdeu nas seis finais que disputou em Melbourne, tem como última adversária a estreante Angelique Kerber, primeira finalista alemã na Austrália desde Anke Huber, em 1996. A última compatriota de Kerber a conquistar o título australiano foi Graf, em 1994. “Steffi, escreve-me por favor”, brincou Kerber (6.ª), após pôr fim ao excelente torneio realizado pela britânica Johanna Konta (47.ª): 7-5, 6-2.