Câmara de Lisboa reclama obras "urgentes" em várias estações de metro
O município está contra o fecho da estação de Arroios às horas de ponta, possibilidade que é também contestada pelos vereadores do PCP.
A Câmara de Lisboa diz ter a expectativa de que a nova administração da Transportes de Lisboa tenha “uma atitude diferente e bem mais construtiva” do que teve a anterior e já tem pronto um caderno de encargos para lhe apresentar. Entre as obras que o município considera “urgentes” estão a conclusão da intervenção em curso na estação do Areeiro, o alargamento do cais da estação de Arroios e a instalação de elevadores na Baixa-Chiado e no Colégio Militar.
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A Câmara de Lisboa diz ter a expectativa de que a nova administração da Transportes de Lisboa tenha “uma atitude diferente e bem mais construtiva” do que teve a anterior e já tem pronto um caderno de encargos para lhe apresentar. Entre as obras que o município considera “urgentes” estão a conclusão da intervenção em curso na estação do Areeiro, o alargamento do cais da estação de Arroios e a instalação de elevadores na Baixa-Chiado e no Colégio Militar.
Esta posição foi transmitida pelo vereador do Urbanismo e do Planeamento, que fez saber que “em breve” vai haver reuniões entre a empresa (que integra o Metropolitano de Lisboa, a Carris e a Transtejo) e a câmara. Entre os objectivos desse encontro, explicou Manuel Salgado, está o de esclarecer se a Transportes de Lisboa vai mesmo avançar com o fecho da estação de Arroios às horas de ponta.
Essa possibilidade, justificada com o facto de essa estação ser a única na Linha Verde cujo cais não tem dimensão suficiente para acolher composições com seis carruagens, foi criticada esta quarta-feira pelo PCP. Em reunião de câmara, João Ferreira defendeu que está em causa “uma opção errada e perigosa, que deve ser rapidamente travada”.
Para o autarca, esta “é uma medida de difícil execução”, que provocaria “uma degradação das condições de segurança” e “uma descontinuidade num conjunto de rotinas”, tanto ao nível da operação como da utilização pelos passageiros. João Ferreira só admite que a estação possa fechar “para se fazer aquilo que ainda não se fez e que já devia ter sido feito”: as obras de ampliação do cais.
“Estou totalmente de acordo”, respondeu-lhe o vereador do Planeamento. Manuel Salgado frisou que “existe já um projecto para a ampliação da estação”, mas acrescentou que não sabe quando é que ele poderá ser concretizado.
O autarca aproveitou para dizer que “infelizmente durante os últimos quatro anos as relações com o Metropolitano de Lisboa foram particularmente difíceis”, lembrando a esse respeito as obras inacabadas no Areeiro. “Vamos substituir o metro para fazer os acabamentos à superfície”, informou Manuel Salgado.
À lista de intervenções que quer ver concretizadas o quanto antes, o vereador acrescentou a instalação de elevadores na Baixa-Chiado e no Colégio Militar. “São obras que são urgentes mas não sei qual é o plano de investimento. Não sei se têm disponibilidade financeira para fazerem todas as obras que devem”, reconheceu.
Desde o início de Janeiro, a administração da Transportes de Lisboa é presidida por Tiago Farias, que foi Director Municipal de Mobilidade e Transportes da Câmara Municipal de Lisboa entre 2014 e 2015.
Durante esta reunião camarária foi também abordada, por iniciativa do vereador social-democrata António Prôa, a questão dos radares de controlo de velocidade existentes na cidade. Segundo Manuel Salgado, a rede do município tem 17 equipamentos, dos quais “cinco estão em funcionamento e cinco estão em manutenção”.
Questionado sobre a “bateria de radares” que disse há poucos dias que iria ser colocada na Segunda Circular, o autarca não apresentou qualquer número, dizendo apenas que o “projecto prevê a instalação de mais radares do que os que existem neste momento para controlar a velocidade de circulação”.
“Estou plenamente confiante de que será um sucesso a intervenção que vamos fazer e não tenho dúvidas de que o sistema de controlo de velocidade funcionará em pleno”, disse ainda Manuel Salgado, referindo-se à obra que está previsto fazer nessa artéria e que muita contestação tem gerado.