EDP compra 82 mil postos de abastecimento de gás natural da Repsol em Espanha

A compra, avaliada em 116 milhões de euros, foi feita através da subsidiária espanhola da energética.

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José Fernandes

A EDP avançou para a aquisição de activos de distribuição de gás localizados no Norte de Espanha à Repsol, num negócio que inclui uma rede 82 mil de postos de abastecimento.

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A EDP avançou para a aquisição de activos de distribuição de gás localizados no Norte de Espanha à Repsol, num negócio que inclui uma rede 82 mil de postos de abastecimento.

A energética comprou, através da sua subsidiária espanhola, a Naturgas, os postos de abastecimento de gás propano liquefeito (GPL) localizados nas regiões das Astúrias, País Basco e Cantábria.

Em comunicado enviado nesta segunda-feira à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), este negócio está avaliado em 116 milhões de euros e representa um contributo expectável de 13 milhões de euros de EBITA (lucros antes de impostos, juros, depreciações e amortizações).

A EDP diz que a transacção lhe permite aumentar a rede de distribuição de gás em Espanha em 9%, atingindo cerca de um milhão de postos de abastecimento. Com esta operação, a empresa comprada pelos chineses da Three Gorges em 2011 quer reforçar “a sua posição estratégica enquanto operador de referência na distribuição e comercialização de gás no mercado Ibérico”, lê-se no comunicado. 

A Repsol tem vindo a desfazer-se dos activos neste sector energético, que não considera estratégico. Num comunicado enviado às redacções, avança que, além deste negócio com a EDP, também avançou para a da venda de uma actividade semelhante na região da Estremadura ao grupo Gas Extremadura. O grupo espanhol arrecadou 136 milhões de euros com esta transacção.

Já em Setembro, a Repsol tinha anunciado a venda de activos de gás natural à Gas Natural Distribución e à Redexis, negócio que permitiu o encaixe de 652 milhões de euros.

Esta linha de actuação estava prevista no planeamento estratégico da empresa para o período entre 2016 e 2020, onde uma das prioridades passa pela redução de custos. Neste documento está também previsto o despedimento de 1500 trabalhadores

A conclusão do negócio está ainda sujeita à luz verde das autoridades reguladoras, mas a EDP prevê que ocorra durante o segundo semestre de 2016.