Marisa: não foi nesta candidatura que algo “correu mal” para que não houvesse segunda volta
Candidata apoiada pelo Bloco é a terceira mais votada e recolhe mais de 10% do total de votos.
Foi ao som de palmas e com os apoiantes a gritarem “Marisa, Marisa” que a candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda entrou na sala do Coliseu do Porto para discursar. Começou por ressalvar que os resultados ainda não são definitivos, mas dão a vitória à primeira volta a Marcelo Rebelo de Sousa, que já felicitou.
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Foi ao som de palmas e com os apoiantes a gritarem “Marisa, Marisa” que a candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda entrou na sala do Coliseu do Porto para discursar. Começou por ressalvar que os resultados ainda não são definitivos, mas dão a vitória à primeira volta a Marcelo Rebelo de Sousa, que já felicitou.
“Em democracia, o mais precioso que temos é a decisão dos portugueses e portuguesas”, afirmou, reconhecendo, porém, que o objectivo de conseguir uma segunda volta não foi atingido.
Mais à frente, e já na parte reservada às questões, fez questão de frisar que não foi nesta candidatura que algo “correu mal”, ou seja, não foi esta candidatura que contribuiu para que não houvesse segunda volta. E disse mais: “Ficou claro que esta candidatura foi buscar votos a vários sectores da sociedade”, afirmou, referindo-se à direita, à esquerda, aos abstencionistas e àqueles que tinham desistido.
Para Marisa Matias, os resultados desta candidatura mostram, com “uma expressão muito clara”, que “há uma enorme onda de esperança” a “crescer e a fazer o seu caminho”.
A eurodeputada aproveitou para transmitir uma mensagem às pessoas com quem se cruzou durante a campanha, pessoas que lhe falaram de problemas, lutas, dificuldades. Garantiu que não se esquecerá delas e que não vai desistir de lutar por elas. “Apelo também a que não desistam”, disse. Mais à frente, haveria ainda de dizer que a sua vida política sempre se pautou por defender o interesse colectivo e que “isso não vai mudar”.
Marisa Matias fez também questão de notar que “fica claro” que deve haver “condições iguais” para todos os candidatos. Porque, sublinhou, “não há candidatos de primeira e de segunda”, não há “vencedores anunciados, se houver igual tratamento para todas as candidaturas”.