Cante alentejano chega a Madrid
Cantadores de Vila Nova de São Bento e Os Ganhões de Castro Verde, que têm como objetivos a preservação e divulgação do cante alentejano, estarão pela primeira vez em Madrid a 13 de Fevereiro.
O cante alentejano, património imaterial da Humanidade desde 2014, far-se-á ouvir pela primeira vez em Madrid, no dia 13 de Fevereiro no Teatro do Círculo de Bellas Artes, com os cantadores de Vila Nova de São Bento e Os Ganhões de Castro Verde. Além dos grupos dos concelhos de Serpa e Castro Verde, “estará igualmente presente um instrumento muito associado ao cante, a viola campaniça, interpretada pelos Moços D`uma Cana”, disse à Lusa fonte da organização.
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O cante alentejano, património imaterial da Humanidade desde 2014, far-se-á ouvir pela primeira vez em Madrid, no dia 13 de Fevereiro no Teatro do Círculo de Bellas Artes, com os cantadores de Vila Nova de São Bento e Os Ganhões de Castro Verde. Além dos grupos dos concelhos de Serpa e Castro Verde, “estará igualmente presente um instrumento muito associado ao cante, a viola campaniça, interpretada pelos Moços D`uma Cana”, disse à Lusa fonte da organização.
O Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de São Bento nasceu em Abril de 1986, de “encontros ocasionais na taberna a beber uns copos”, disse fonte do Festival Terras Sem Sombra (FTSS), que organiza esta iniciativa. “Cantaram, como era tradição, gostaram de ouvir-se, vibraram de entusiasmo e sob a euforia um deles terá sugerido que deviam formar um rancho e a ideia instalou-se nos espíritos, fervilhou, avolumou-se, galvanizou-os, a ponto de convidarem alguns amigos para o novo rancho”, que atualmente conta com 30 elementos.
A Associação de Cante Alentejano “Os Ganhões” de Castro Verde, cujo grupo estará em Madrid, tem como objetivos, a preservação e divulgação do cante alentejano, dos usos e costumes do concelho de Castro Verde, manter em funcionamento grupos corais de cante alentejano e promover acções por sua iniciativa ou colaborar com outras entidades, com vista à referida preservação e divulgação do cante alentejano”.
O grupo Moços D´Uma Cana é o resultado de um projeto do agrupamento de Escolas de Castro Verde em parceria com as autarquias locais e a Cortiçol - Cooperativa de Informação e Cultura. Este projeto “passa pela construção e o ensino do toque da viola campaniça em âmbito escolar, e uma vez terminado o percurso escolar, os alunos envolvidos decidiram formar-se como associação/grupo em prol da defesa da construção e do toque da viola campaniça, bem como do cante alentejano”.
Os Moços d´uma Cana são David Pereira, José Abreu, David Caetano, Bruno Guerreiro, João Marques, Rodrigo Valentim, Jorge e Miguel Madeira, Renato Marques, Miguel Carrapiço e Cristiano Luz. “Pela primeira vez, um território une-se em torno da música, património e biodiversidade, para levar o Alentejo a Madrid. A cultura é a melhor forma de promoção de um país, e o FTSS é o veículo de transmissão destes valores ancestrais, e pela primeira vez, o Cante Alentejano, património imaterial da Humanidade, poderá ser ouvido em Madrid”, disse à Lusa Sara Fonseca, directora executiva do FTSS.
A estreia do Cante Alentejano em Madrid faz parte do programa de apresentação da 12.ª edição do FTSS na capital espanhola, no dia 11 de fevereiro, às 12:00, na embaixada de Portugal. O certame realiza-se este ano sob o lema “Torna-Viagem -- o Brasil, a África e a Europa (da Idade Média ao século XXI)”, de Fevereiro a Julho no Baixo Alentejo, numa organização do Departamento de Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja, sendo seu diretor artístico Juan Ángel Vela del Campo.