Municípios galegos e portugueses querem preservar e valorizar rio Minho

Um conjunto de 15 municípios, portugueses e galegos, banhados pelo rio Minho apresentou candidatura a fundos comunitários de 7,5 milhões de euros para a preservação e valorização da região

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No rio Minho, ainda há trutas migradoras Público/ Arquivo

Os quinze municípios portugueses e galegos banhados pelo rio Minho apresentaram uma candidatura conjunta aos novos fundos comunitários de 7,5 milhões de euros para investir nas potencialidades daquele curso internacional, tornando-o numa "marca turística transfronteiriça".

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Os quinze municípios portugueses e galegos banhados pelo rio Minho apresentaram uma candidatura conjunta aos novos fundos comunitários de 7,5 milhões de euros para investir nas potencialidades daquele curso internacional, tornando-o numa "marca turística transfronteiriça".

Em comunicado enviado esta sexta-feira à agência Lusa, a UNIMINHO, associação transfronteiriça constituída por 15 municípios portugueses e galegos, revelou que o investimento incluído na candidatura "VISIT_RIO_MINHO" será aplicado até 2019 "na preservação e valorização do rio Minho transfronteiriço, como destino ecoturístico de excelência".

A candidatura, apresentada ao Interreg V - Programa de Cooperação Territorial, ao abrigo do Programa Operativo de Cooperação Transfronteiriço Espanha-Portugal (POCTEP), "assenta no conceito de dois países e um destino".

"A cooperação transfronteiriça neste território não é uma questão de necessidade, mas antes uma condição natural para o seu desenvolvimento socioeconómico e um dos pilares do seu posicionamento estratégico", acrescentou aquela associação com sede em Valença.

Na candidatura, que terá uma comparticipação de 75% dos fundos comunitários, o rio Minho transfronteiriço "é apresentado como um dos territórios mais interessantes a nível europeu por ser a zona de fronteira com maior percentagem de área protegida e classificada, a nível nacional e uma das maiores da Europa".

A candidatura resultou do trabalho desenvolvido no âmbito do Pacto do Rio Minho Transfronteiriço assinado em 10 de Março de 2015, pelos quinze municípios banhados pelo curso internacional de água.

Com aquele acordo pretendem "reforçar a importância da cooperação transfronteiriça, reaproveitar e potenciar o rio Minho, do ponto de vista ambiental, turístico e captação de novos investimentos com vista à criação de postos de trabalho e à fixação de população naquela região".

O projecto agora candidatado prevê, entre outras acções, "a estruturação e consolidação da marca Rio Minho, através da elaboração de um plano estratégico de marketing territorial e do processo de candidatura do estuário do rio Minho a paisagem cultural Unesco".

A preservação e interpretação do património natural transfronteiriço, a interpretação dos recursos naturais e de novos modelos de turismo verde, a criação de estruturas piloto de apoio relacionadas com a rede de espaços naturais classificados (montanha e rio), são outros dos objectivos da candidatura.

A valorização conjunta de recursos económicos do daquele curso internacional de água, a valorização do produto da pesca (designadamente através da rastreabilidade das espécies do rio Minho), a criação de estruturas de apoio às actividades promovidas pelas empresas de animação e, a qualificação e valorização da rede de percursos através de rotas transfronteiriças estão também previstas na candidatura.

Do lado português, o projecto inclui os seis municípios do Vale do Minho - Caminha, Melgaço, Monção, Valença, Vila Nova de Cerveira e Paredes de Coura. Na Galiza, envolve os concelhos do Baixo Minho - A Caniza, A Guarda, Arbo, As Neves, Crecente, Rosal, Salvaterra do Miño, Tomiño e Tui.