Governo da Colômbia e FARC acertam missão de monitorização do cessar-fogo

Delegações concordam em pedir às Nações Unidas que constitua uma missão de observadores para supervisionar o cessar-fogo e o desarmamento dos rebeldes marxistas.

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O comandante das FARC, Joaquín Gómez, informa sobre os progressos das conversações de paz em Havana AFP/YAMIL LAGE

Os negociadores do Governo de Bogotá e das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia  (FARC) concordaram que sejam as Nações Unidas a monitorizar o cessar-fogo e a supervisionar o processo de desarmamento do grupo rebelde, naquele que é um dos últimos passos para fechar o processo de paz em Havana.

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Os negociadores do Governo de Bogotá e das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia  (FARC) concordaram que sejam as Nações Unidas a monitorizar o cessar-fogo e a supervisionar o processo de desarmamento do grupo rebelde, naquele que é um dos últimos passos para fechar o processo de paz em Havana.

“Decidimos solicitar ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que se encarregue da missão política de observação por um período de doze meses”, lê-se num comunicado conjunto divulgado na capital cubana, onde há três anos decorrem as conversações entre o Governo colombiano e os guerrilheiros marxistas.

A ideia de atribuir às Nações Unidas a responsabilidade pela monitorização do acordo de paz tinha sido avançada pelo Presidente Juan Manuel Santos; conforme assinala a Reuters, “o facto de os rebeldes terem concordado em fazer esse pedido de forma conjunta é um sinal de progresso” das negociações.

Esta semana, o Presidente de Cuba, Raúl Castro, que aceitou mediar o processo, reuniu-se pessoalmente com as duas delegações, que no final de 2015 estabeleceram o dia 23 de Março como o prazo-limite para concluir o acordo de paz.