Empresária portuguesa junta-se a bilionários para construir rede de padarias no Brasil

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Público/arquivo

O Brasil vai ter uma rede de padarias de tradição portuguesa, um projecto da empresária Rita Sousa Coutinho em parceria com dois bilionários brasileiros. "Estamos propondo um novo formato de padaria de bairro unindo proximidade, qualidade e conveniência. Vamos rejuvenescer a marca sem perder um dos seus principais activos que é a tradição e a fabricação artesanal de produtos", disse a empresária portuguesa, que iniciou o projecto com a compra de dez lojas da padaria Benjamin Abrahão, em São Paulo.

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O Brasil vai ter uma rede de padarias de tradição portuguesa, um projecto da empresária Rita Sousa Coutinho em parceria com dois bilionários brasileiros. "Estamos propondo um novo formato de padaria de bairro unindo proximidade, qualidade e conveniência. Vamos rejuvenescer a marca sem perder um dos seus principais activos que é a tradição e a fabricação artesanal de produtos", disse a empresária portuguesa, que iniciou o projecto com a compra de dez lojas da padaria Benjamin Abrahão, em São Paulo.

O projecto conta com o apoio de fundos de investimentos geridos pelos bilionários brasileiros Jorge Paulo Lemann, da Ambev, e Abílio Diniz, fundador do Grupo Pão de Açúcar.

A padaria, rebaptizada apenas como Benjamin, deverá agora alargar a rede, baseando-se em acções de franchising.

Para Antero José Pereira, presidente do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de São Paulo (Sindpan), o surgimento de uma grande rede constitui uma novidade, até pela tradição no Brasil. "Normalmente, as padarias são empresas familiares unitárias. Existem alguns proprietários que têm duas ou três padarias, mas redes de padarias propriamente ditas ainda não existem no Brasil", disse, salientando a importância da comunidade portuguesa no sector, principalmente no estado de São Paulo. "Fizemos uma pesquisa recentemente e averiguamos que 35% dos proprietários deste tipo de estabelecimento são portugueses. Outros 30% são lusodescendentes", pelo que "65% das padarias de São Paulo ainda são administradas pela comunidade", explicou.

O presidente do Sindpan terminou a sua análise destacando que a crise económica do país afectou as padarias e o sector, que não cresceu em 2015.
Os últimos dados nacionais da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip) indicaram que as empresas de panificação e confeitaria movimentaram 82,5 mil milhões de reais (19 mil milhões de euros) no Brasil em 2014, com uma subida da facturação na ordem dos 8,02% superior ao ano anterior. Cerca de 63,2 mil empresas actuam neste mercado.