Edgar Martins, Dominique Gonzalez-Foerster e Charles e Ray Eames no novo museu da Fundação EDP
Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia inicia a sua programação a 21 de Junho nas galerias remodeladas da Central Tejo. Novo edifício projectado por Amanda Levete ficará pronto no Verão.
O novo Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia (MAAT) vai iniciar a sua programação a 21 de Junho, precisou este sábado a Fundação EDP à Agência Lusa.
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O novo Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia (MAAT) vai iniciar a sua programação a 21 de Junho, precisou este sábado a Fundação EDP à Agência Lusa.
As primeiras exposições do MAAT — uma individual do fotógrafo português Edgar Martins com curadoria de Sérgio Mah, a colectiva Segunda Natureza, seleccionada por Pedro Gadanho e Luísa Especial a partir do acervo da colecção de arte da fundação, e Lightopia, inventário ao impacto da luz eléctrica em disciplinas como as artes visuais, o design e a arquitectura que o Vitra Design Museum inaugurou em Setembro de 2013, com patrocínio da mesma EDP — apresentar-se-ão nas galerias remodeladas da Central Tejo, uma vez que o novo edifício projectado pela arquitecta britânica Amanda Levete em Belém só abre em Setembro.
E abre, segundo a Lusa, com a francesa Dominique Gonzalez-Foerster — uma das das mais influentes artistas visuais europeias, actualmente com uma grande retrospectiva a decorrer no Centro Georges Pompidou, em Paris, até 1 de Fevereiro. A sua obra, que se alimenta sobretudo da memória viva do cinema, não é desconhecida em Portugal, onde tem sido recorrentemente apresentada, por exemplo, no festival Curtas Vila do Conde, que lhe dedicou um programa especial em 2002; regressará no final do Verão com Utopia/Distopia, Parte 1: Dominique Gonzalez-Foerster, exposição integrada nas comemorações dos 500 anos da Utopia de Thomas More (1480-1535).
A programação do novo museu, adiantou a instituição, passará sobretudo por "exposições internacionais de produção própria ou em colaboração com instituições estrangeiras", e por exposições de artistas portugueses contemporâneos "com produção de novas obras e projectos" — é o caso de Edgar Martins e serão, depois, os casos de Ana Jotta e Rui Calçada Bastos. Mas o acervo da Fundação EDP também funcionará como núcleo central a partir da qual serão extraídas exposições temáticas, a segunda das quais, agendada para meados de 2017, vai centrar-se na colecção particular que Pedro Cabrita Reis acaba de vender à eléctrica por 1,5 milhões de euros, como o PÚBLICO noticiou no final desta semana. O artista dividirá o comissariado com Pedro Gadanho, o arquitecto que dirige a programação do MAAT.
Entretanto, entre Junho e Outubro, o museu receberá ainda, numa parceria com a londrina Whitechapel Gallery, a exposição Artists' Film International, resultado de um projecto colaborativo que envolve 16 instituições de todo o mundo e que periodicamente inventaria a nova produção artística em áreas como o cinema, o vídeo e a animação.
Já em Outubro, o MAAT receberá outra exposição vinda de Londres, The World of Charles and Ray Eames, dedicada ao singular corpo de trabalho do casal de designers americanos que inventou a icónica cadeira com o mesmo nome, talvez uma das mais famosas peças de mobiliário do século XX. Produção do Barbican, onde pode ser vista até 14 de Fevereiro, The World of Charles and Ray Eames inclui itens como a famosa La Chaise, nas suas múltiplas variações, e a igualmente inconfundível poltrona que o casal criou para o cineasta Billy Wilder e que entretanto se universalizou.