Tiros e explosões num hotel do Burkina Faso

Testemunhas dizem ter visto três homens armados, com a cabeça coberta com turbantes, a entrar para o hotel e disparar.

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Tropas do Burkina Faso. AFP/Arquivo

Múltiplas rondas de tiros e explosões foram reportadas no exterior do hotel Splendid de Ouagadougou, um dos estabelecimentos mais procurados por estrangeiros na capital do Burkina Faso.

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Múltiplas rondas de tiros e explosões foram reportadas no exterior do hotel Splendid de Ouagadougou, um dos estabelecimentos mais procurados por estrangeiros na capital do Burkina Faso.

Testemunhas dizem ter visto três homens armados, com a cabeça coberta com turbantes, a entrar para o hotel e disparar. Os assaltantes pegaram fogo a várias viaturas estacionadas em frente do edifício, que fica na avenida principal da cidade, e impediram a entrada no hotel, que alberga um café muito popular.

As forças de segurança que acorreram ao local responderam com fogo aos intrusos, que segundo fontes citadas pela Reuters serão militantes islamistas. Um número indeterminado de pessoas foram tomadas como reféns pelos atacantes.

“É uma operação em curso, a situação volátil. Sabemos que há reféns, mas não sabemos quantos atacantes estão dentro do hotel nem onde. A acção está a ser coordenada, mas esta é uma operação em desenvolvimento e que ainda pode durar várias horas”, estimou uma fonte da polícia citada pela Reuters sob anonimato.

A agência francesa AFP diz que grande parte do pessoal ao serviço da ONU e outras agências internacionais fica hospedado no hotel Splendid nas suas deslocações ao Burkina Faso. O país está a passar por uma fase de turbulência política desde Outubro de 2014, depois da deposição do Presidente Blaise Campaoré na sequência de protestos populares.

Mas ao contrário dos países vizinhos, especialmente o Mali, o Burkina Faso não tem sofrido com a violência sectária ou terrorismo islamista. Em Novembro, um hotel de luxo de Bamako, a capital maliana, foi alvo de um ataque terrorista reivindicado por três grupos islamistas, entre os quais a filial da Al-Qaeda para o Magrebe. Os militantes mataram 20 pessoas, de várias nacionalidades.