Portugal emite 4000 milhões de euros de dívida a 10 anos

Portugal realiza primeira emissão sindicada desde a tomada de posse do Governo. Procura fica acima dos 11.000 milhões de euros e taxa de juro próximo dos 2,9%.

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Portugal voltou, pela primeira vez desde a tomada de posse do actual Governo, a lançar uma nova emissão de dívida com o apoio de um sindicato bancário, colocando, 4000 milhões de euros de obrigações de tesouro a 10 anos no mercado.

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Portugal voltou, pela primeira vez desde a tomada de posse do actual Governo, a lançar uma nova emissão de dívida com o apoio de um sindicato bancário, colocando, 4000 milhões de euros de obrigações de tesouro a 10 anos no mercado.

De acordo com os dados publicados esta quinta-feira pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP, o tesouro português colocou no mercado, com o apoio de um grupo de bancos internacionais (para além do português Caixa BI), uma nova série de obrigações de tesouro a 10 anos, a uma taxa de juro de 2,875%.

Ainda segundo o IGCP mais de 300 investidores realizaram ofertas num valor total situado próximo dos 12.000 milhões de euros, isto é, cerca de três vezes mais do que os 4000 milhões que acabaram por ser colocados.

Três tipos de investidores destacaram-se nas ofertas: 47% da procura foi proveniente de gestores de fundos, seguindo-se 31,7% por parte de bancos e 13,9% por seguradoras e fundos de pensões. Os bancos centrais e os hedge funds tiveram ofertas mais reduzidas representando 2,8% e 3,6% do total, respectivamente.

Os investidores britânicos, com 24,3% da procura, destacaram-se como os investidores mais interessados. Os investidores portugueses foram responsáveis por 11% das ofertas.

Na última emissão de dívida sindicada a 10 anos realizada por Portugal, em Abril do ano passado, foram colocados 2000 milhões de euros a uma taxa de juro de 2,181%. Actualmente, a taxa de juro implícita a que são trocadas as obrigações a 10 anos portuguesas situa-se, de acordo com a agência Reuters, perto dos 2,7%.

Normalmente, numa emissão de dívida sindicada, as taxas de juro registadas são ligeiramente mais elevadas, um preço a pagar pela quase garantia de colocação de um montante bastante elevado de títulos de dívida no mercado. Os bancos que compõem o sindicato encarregue de proceder à operação são o Barclays, CaixaBI, Goldman Sachs, HSBC (B&D), Morgan Stanley e Societé Générale.