Paulo Gonçalves esteve fora mas afinal mantém-se no Dakar

Apesar dos problemas na moto, piloto português segue em prova devido ao encurtamento da etapa.

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Paulo Gonçalves tem-se debatido com dificuldades MARCOS BRINDICCI/Reuters

Depois de ter sofrido na segunda-feira uma queda violenta na oitava etapa do Dakar, o português Paulo Gonçalves (Honda) viveu um dia recheado de peripécias que quase o colocaram fora da mítica prova de todo-o-terreno. Os problemas na sua moto levaram a equipa a anunciar o abandono do rali, mas afinal será possível Paulo Gonçalves continuar.

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Depois de ter sofrido na segunda-feira uma queda violenta na oitava etapa do Dakar, o português Paulo Gonçalves (Honda) viveu um dia recheado de peripécias que quase o colocaram fora da mítica prova de todo-o-terreno. Os problemas na sua moto levaram a equipa a anunciar o abandono do rali, mas afinal será possível Paulo Gonçalves continuar.

“Últimas notícias: a etapa de hoje foi parada no CP2 [posto de controlo 2]. Paulo Gonçalves está oficialmente na corrida. Ele chegou ao CP2 com o companheiro Paolo Ceci e vai reparar hoje a sua mota no ‘bivouac’ de Fiambalá de forma a começar a etapa de amanhã [quarta-feira]”, esclareceu a equipa Honda através da rede social Twitter.

Horas antes, o director da equipa Honda, Martino Bianchi, tinha anunciado o abandono do piloto português: “Paulo Gonçalves está fora do Dakar 2016. Um arbusto entrou no radiador da sua mota e partiu-o. Toda a água saiu e poucos quilómetros depois o Paulo teve de parar com o motor partido”. Mas o pior cenário não se confirmou e Paulo Gonçalves terá mais uma oportunidade de seguir na corrida.

A tirada desta terça-feira, a nona do Dakar 2016, é a primeira parte da segunda etapa-maratona do rali. Isto significa que os pilotos não têm acesso a assistência técnica e qualquer reparação nas motos terá de ser feita sem auxílio externo.

O final da etapa foi antecipado para salvaguardar a segurança dos pilotos, devido às condições adversas. “As dunas em torno de Fiambalá e as altas temperaturas prometiam um dia desafiante para os competidores. Este cenário confirmou-se e, considerando o elevado número de pilotos em dificuldades, particularmente nas motos, a direcção da corrida tomou a decisão lógia”, podia ler-se no site oficial do Dakar.

O australiano Toby Price (KTM) venceu a etapa desta terça-feira e, dadas as dificuldades de Paulo Gonçalves (que era segundo), lidera agora ainda mais confortavelmente. Stefan Svitko (KTM), o mais directo perseguidor, foi terceiro na etapa e está a 24m47s na geral. O melhor português foi Hélder Rodrigues (Yamaha), que terminou a etapa na nona posição, a 16 minutos de Price, e ocupa o sexto lugar na classificação geral, a 46m51s do líder.

Nos automóveis, a competição conheceu o terceiro líder diferente em outras tantas etapas: Carlos Sainz (Peugeot) foi o mais rápido na etapa, deixando para trás o anterior líder, Stéphane Peterhansel (Peugeot) que foi sétimo classificado, a mais de nove minutos. Sainz é primeiro na geral, com 7m03s de vantagem sobre Peterhansel. Nasser Al-Attiyah (Mini) é o terceiro da classificação geral (a 14m38s) após ter terminado a etapa na quinta posição.