Adeptos do FC Porto ofereceram trégua, jogadores não aproveitaram
"Dragões" empataram em casa com o Rio Ave (1-1) e ficaram a quatro pontos da liderança.
Os adeptos tentaram ajudar e, durante praticamente todo o jogo, não se viram lenços brancos, nem se ouviram assobios para os jogadores, mas o FC Porto de Julen Lopetegui voltou a jogar à FC Porto de Julen Lopetegui e os “dragões” voltaram a ser medíocres. Num dia em que a concorrência resolveu os seus problemas à meia-dúzia, os “azuis e brancos” deixaram-se empatar em casa por um Rio Ave que se apresentou debilitado pela ausência de uma mão-cheia de habituais titulares, e, após mais um resultado negativo, os portistas foram alcançados pelo Benfica e estão a quatro pontos do líder Sporting.
Nas horas seguintes à derrota do FC Porto em Alvalade, que relegou os “azuis e brancos” novamente para a vice-liderança do campeonato, parecia inevitável que os adeptos portistas tornassem a recepção ao Rio Ave hostil para Lopetegui e companhia, mas a intervenção dos Super Dragões mudou tudo. Depois de, na véspera do jogo, ter apelado, através de um comunicado, para que os portistas “nem por um só minuto” deixassem “de apoiar a equipa”, cerca de meia centena de elementos da claque “azul branca” recebeu com aplausos e cânticos de incentivo o autocarro dos jogadores.
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Os adeptos tentaram ajudar e, durante praticamente todo o jogo, não se viram lenços brancos, nem se ouviram assobios para os jogadores, mas o FC Porto de Julen Lopetegui voltou a jogar à FC Porto de Julen Lopetegui e os “dragões” voltaram a ser medíocres. Num dia em que a concorrência resolveu os seus problemas à meia-dúzia, os “azuis e brancos” deixaram-se empatar em casa por um Rio Ave que se apresentou debilitado pela ausência de uma mão-cheia de habituais titulares, e, após mais um resultado negativo, os portistas foram alcançados pelo Benfica e estão a quatro pontos do líder Sporting.
Nas horas seguintes à derrota do FC Porto em Alvalade, que relegou os “azuis e brancos” novamente para a vice-liderança do campeonato, parecia inevitável que os adeptos portistas tornassem a recepção ao Rio Ave hostil para Lopetegui e companhia, mas a intervenção dos Super Dragões mudou tudo. Depois de, na véspera do jogo, ter apelado, através de um comunicado, para que os portistas “nem por um só minuto” deixassem “de apoiar a equipa”, cerca de meia centena de elementos da claque “azul branca” recebeu com aplausos e cânticos de incentivo o autocarro dos jogadores.
Cumpria-se o apelo de Lopetegui, que tinha reclamado apoio para os seus “jovens” atletas, mas a resposta que veio do relvado não ajudou à trégua e, depois de mais um doloroso tiro no pé portista, parece inevitável que a contestação ao treinador espanhol aumente e torne tempestuosos os próximos dias para os lados do Dragão.
Quatro dias depois de cair frente ao Sporting, Lopetegui mexeu na defesa (Marcano no lugar de Maicon) e meio-campo (um mês depois, André André voltou a ser titular para o campeonato). O sistema e a ideia de jogo mantiveram-se, a prestação também: o FC Porto voltou a ser uma equipa previsível, sem intensidade e fácil de anular.
Do outro lado, na ressaca de uma surpreendente derrota caseira com o “lanterna vermelha” Tondela, Pedro Martins entrou no Dragão com problemas para todos os gostos e feitios para resolver.
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Para além de atravessar o pior momento da época no campeonato — cinco derrotas nos últimos seis jogos —, o treinador dos vila-condenses viu-se privado de meia-dúzia de habituais titulares e foi obrigado a revolucionar o “onze”: apenas Cássio, Edimar, Marcelo, Wakaso e Ukra mantiveram a titularidade.
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Sem uma mão-cheia de jogadores de peso na formação de Vila do Conde, Martins promoveu o baptismo a titular na prova de um trio (Pedrinho, Krovinovic e Kizito) e lançou ainda Roderick, que não era utilizado no campeonato desde Setembro. O cenário parecia pouco animador, mas, com a ajuda do adversário, Pedro Martins regressou a Vila do Conde com motivos para estar satisfeito.
Ao apoio inicial recebido por parte dos adeptos, os jogadores do FC Porto responderam de forma positiva nos primeiros 20 minutos. Os “dragões” até começaram bem e empurraram os vila-condenses para a sua área, e, depois de ameaçarem por Marcano, marcaram aos 22’: um remate de Herrera desviou num defesa e traiu Cássio.
Para uma equipa que jogava sobre brasas, o mais difícil parecia que estava feito, mas estranhamente com o golo reapareceu o lado mau do FC Porto.
Em desvantagem, o Rio Ave assumiu o controlo, deixou os primeiros avisos aos 26’ e 28’, e empatou aos 33’: tal como no golo portista, o remate de João Novais desviou num adversário e Casillas foi buscar a bola ao fundo da baliza. Mesmo sem jogar bem, antes do intervalo os “azuis e brancos” podiam ter regressado à vantagem, mas o poste e Cássio impediram que André André marcasse.
A segunda parte foi a reprise de um espectáculo tantas vezes visto nos últimos tempos no Estádio do Dragão. Muita posse de bola e uma avalanche de cantos resultaram numa mão-cheia de nada e, com mais ou menos dificuldade, o Rio Ave foi resolvendo o problema, perante a impaciência dos adeptos “azuis e brancos”, que, após o apito final de Rui Costa, fizeram regressar a contestação a Lopetegui.