Soldado norte-americano morto numa operação especial no Afeganistão
Apesar da permanência das tropas norte-americanas no terreno, os taliban expande o seu domínio no Sul do país
Um soldado norte-americano morreu e dois ficaram feridos durante uma operação especial conjunta com o Exército afegão contra os rebeldes taliban nos arredores de Marjah, na província de Helmand. A região, no Sul do Afeganistão, é dominada pelos radicais islâmicos, que nos confrontos também deixaram feridos vários militares afegãos.
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Um soldado norte-americano morreu e dois ficaram feridos durante uma operação especial conjunta com o Exército afegão contra os rebeldes taliban nos arredores de Marjah, na província de Helmand. A região, no Sul do Afeganistão, é dominada pelos radicais islâmicos, que nos confrontos também deixaram feridos vários militares afegãos.
Um helicóptero enviado para socorrer as vítimas da ofensiva militar acabou por ser atingido ainda em terra e foi impedido de descolar. De acordo com o porta-voz da Defesa norte-americana, Michael Lawhorn, a aeronave “apresenta sérios danos, mas não foi abatida” pelos taliban.
A província de Helmand tem sido palco de confrontos desde que, em Dezembro, os radicais islâmicos tomaram controlo de grande parte da cidade de Sangin, um ponto estratégico para ligar a capital, Lashkar Gah, às cidades do Norte do país.
Apesar de o ministro da Defesa afegão, Masoum Stanikzai, ter negado a tomada de Sangin pelos radicais, a polícia local relatou à BBC que “toda a cidade” estava debaixo do controlo de milícias taliban.
Em Outubro, os rebeldes invadiram o centro de Kunduz, capital provincial a Norte do país, e em Dezembro realizaram um violento ataque em Kandahar que fez pelo menos 50 mortos.
O avanço dos taliban já levou a um reforço das tropas estrangeiras no Afeganistão, com soldados britânicos a chegarem ao terreno para reforçar o contingente de forças externas que ainda se mantêm na linha de combate, e que ascende agora a cerca de 12 mil homens.
A missão militar da NATO no Afeganistão terminou em 2014, mas para evitar a instabilidade os Estados Unidos atrasaram a retirada das suas forças do país. Em Outubro, o Presidente Barack Obama adiou, mais uma vez, o regresso a casa dos soldados norte-americanos, decidindo manter os 9.800 homens actualmente no terreno pelo menos até 2017.
Texto editado por Rita Siza