Dívida pública aumenta, almofada financeira também
Dívida por pagar subiu 2000 milhões de euros em Novembro e montante de depósitos ficou reforçado.
Um aumento dos empréstimos obtidos e dos títulos obrigacionistas emitidos pelo Estado fizeram com que a dívida pública portuguesa voltasse a ultrapassar em Novembro os 230 mil milhões de euros, anunciou esta segunda-feira o Banco de Portugal.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Um aumento dos empréstimos obtidos e dos títulos obrigacionistas emitidos pelo Estado fizeram com que a dívida pública portuguesa voltasse a ultrapassar em Novembro os 230 mil milhões de euros, anunciou esta segunda-feira o Banco de Portugal.
Na actualização mensal dos dados estatísticos relativos às finanças públicas, a autoridade monetária nacional revela que no final do passado mês de Novembro, a dívida pública ascendia a 231,3 mil milhões de euros, um valor que é cerca de 2000 milhões de euros superior ao que se registava no final de Outubro.
A subida deve-se a um acréscimo quase em partes iguais dos empréstimos assumidos pelo Estado e dos títulos de dívida de curto e longo prazo emitidos.
No entanto, ao mesmo tempo que subiu o montante da dívida por pagar, registou-se também um acréscimo dos depósitos detidos pelo Estado, que de acordo com os dados do Banco de Portugal aumentaram cerca de 2500 milhões em Novembro, cifando-se em 18.300 milhões de euros.
Deste modo, a dívida pública líquida de depósitos da administração central acabou por registar em Novembro uma descida de cerca de 500 milhões de euros, passando para os 213 mil milhões de euros.
Os números da dívida pública e dos depósitos da administração central agora divulgados pelo Banco de Portugal não contam ainda com o impacto da operação de resolução do Banif, que levou o actual Governo a apresentar um orçamento rectificativo que aumentava o valor do endividamento que o Estado ficaria autorizado a assumir no decorrer de 2015.