Nóvoa defende que era possível fazer frente à troika
Debate entre ex-reitor e Henrique Neto marcado por acusações mútuas.
Sampaio da Nóvoa defendeu que os governantes de Portugal deviam “ter tido capacidade de negociar de outra maneira o programa de intervenção da troika” ao intervir este sábado no frente-a-frente na RTP1 que o opôs a Henrique Neto, num dos três debates presidenciais do dia, em que decorreu também um frente-a-frente entre Marisa Matias e Paulo Morais na TVI24 e outro entre Maria de Belém e Edgar Silva na SIC-Notícias. Nóvoa sustentou ainda que em 2011 era possível tomar o tipo de opções tomadas pelo actual Governo – que referiu como “este novo tempo que se está a abrir”. Tendo o Governo de então optado por um “experimentalismo ideológico errado”.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Sampaio da Nóvoa defendeu que os governantes de Portugal deviam “ter tido capacidade de negociar de outra maneira o programa de intervenção da troika” ao intervir este sábado no frente-a-frente na RTP1 que o opôs a Henrique Neto, num dos três debates presidenciais do dia, em que decorreu também um frente-a-frente entre Marisa Matias e Paulo Morais na TVI24 e outro entre Maria de Belém e Edgar Silva na SIC-Notícias. Nóvoa sustentou ainda que em 2011 era possível tomar o tipo de opções tomadas pelo actual Governo – que referiu como “este novo tempo que se está a abrir”. Tendo o Governo de então optado por um “experimentalismo ideológico errado”.
Por seu lado, Henrique Neto considerou que em 2011 não havia forma de fugir ao que foi a imposição do programa de ajustamento. E lembrando que foi durante seis anos crítico de José Sócrates, assumiu também ter divergências quanto à “solução de austeridade” encontrada por Passos Coelho, mas frisou que o ex-primeiro ministro “herdou a situação” de crise do país.
O frente-a-frente que opôs os dois candidatos de esquerda acabou por desenrolar-se em torno de acusações e menos de debate de ideias entre o antigo deputado e militante do PS Henrique Neto, que não é apoiado pelo seu partido, e o independente Sampaio da Nóvoa, que tem o apoio de várias figuras de topo da direcção do PS e do Governo.
Henrique Neto apostou numa táctica de descredibilizar Sampaio da Nóvoa, acusando-o de não ter tido pensamento critico em relação ao Governo de José Sócrates, acusação que Nóvoa refutou lembrando que enquanto reitor foi sempre considerado crítico. Outra linha de argumentação de Neto contra Nóvoa foi a de que este candidato apresentava um “vazio de ideias”.
Sampaio da Nóvoa foi contrariando as acusações e por diversas vezes procurou virar o debate para questões sobre “o futuro”. E ao longo da meia hora de debate interpelou repetidamente Henrique Neto sobre se era possível debaterem as funções presidenciais. Um desafio que Neto não aceitou.