LCD Soundsystem estão mesmo de volta

Antes do adeus, em 2011, tinham gravado três dos álbuns mais celebrados dos últimos quinze anos.

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Durante a paragem dos LCD Soundsystem James Murphy esteve envolvido em vários projectos a solo

Os rumores começaram em Outubro. Os americanos LCD Soundsystem de James Murphy poderiam regressar à actividade, depois de a terem dado por encerrada em Abril de 2011, com um concerto de despedida no Madison Square Garden de Nova Iorque.

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Os rumores começaram em Outubro. Os americanos LCD Soundsystem de James Murphy poderiam regressar à actividade, depois de a terem dado por encerrada em Abril de 2011, com um concerto de despedida no Madison Square Garden de Nova Iorque.

Antes tinham gravado três dos álbuns mais celebrados dos últimos quinze anos, com uma sonoridade que tinha tanto de dança como de rock, e dado concertos de grande intensidade pelo mundo inteiro, Portugal incluído – a primeira vez foi no Lux, em Lisboa, em 2005, e a última, em Oeiras, no festival Optimus Alive! de 2010.

No dia 24 de Dezembro revelaram um novo single, Christmas will break your heart, que voltou a acender os rumores de regresso e, agora, o jornal New York Times garante que o projecto vai mesmo voltar a reunir-se este ano, a começar pelo facto de serem cabeças-de-cartaz do gigante festival Coachella, na Califórnia, EUA, que se realiza a meio de Abril, seguindo-se mais datas nos EUA e Europa. Não seria surpreendente que passassem por algum festival português na Primavera ou no Verão de 2016, embora como é evidente não exista nada confirmado nesse sentido.

Em 2010, em conversa com James Murphy, este dizia-nos que queria apenas descansar de um formato de fazer coisas, não necessariamente desistir para sempre dos LCD Soundsystem: “Não quero ser profissional do rock e desaparecer de casa durante não sei quantos meses. Não significa que não possamos voltar a gravar. Não sei, a sério. Mas neste formato – andar em digressão durante um ano, fazer vídeos e esse tipo de coisas – não me interessa.”

Oito meses depois dos concertos do Madison Square Garden voltámos a falar com ele e reafirmava essa ideia: “Apenas deixámos de ser aquela banda profissional que anda em digressão pelo mundo. Não significa que um dia destes não me apeteça lançar um máxi-single e voltar ao espírito do início, quando lançamos Losing my edge. Na época éramos apenas um projecto, depois tornamo-nos numa banda rock de sucesso que, de álbum para álbum se foi tornando mais famosa e actuando pelo mundo inteiro. Foi isso que tentei contrariar. O sucesso, esse modo de vida é óptimo, mas a vida tem outras coisas.”

Ou seja, James Murphy, nunca fechou totalmente as portas a um regresso, embora poucos pudessem prever que o mesmo iria suceder tão cedo. Nos últimos anos, para além da actividade com a sua editora DFA Records, James Murphy esteve envolvido em vários projectos, para além de ter encetado algumas importantes colaborações – de produtor dos Arcade Fire a remisturador de David Bowie - e até de ter aberto um bar de vinhos, em Brooklyn, na sua Nova Iorque. Agora, chegou a hora de voltar aos palcos.