Hospitais asseguram, de forma rotativa, urgências para doença vascular cerebral

Escala de Janeiro para Região de Lisboa e Vale do Tejo está definida. Envolve quatro hospitais. Em Fevereiro entra em vigor modelo definitivo.

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Está a ser preparada “uma resposta definitiva no âmbito da reorganização das urgências em Lisboa, para entrar em vigor a 1 de Fevereiro” Fabio Teixeira

A assistência na área da patologia vascular cerebral na área da Região de Lisboa e Vale do Tejo vai estar assegurada, nos próximos fins-de-semana, através de um sistema rotativo, entre hospitais. O Ministério da Saúde enviou nesta quarta-feira um comunicado às redacções onde informa como se processará.

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A assistência na área da patologia vascular cerebral na área da Região de Lisboa e Vale do Tejo vai estar assegurada, nos próximos fins-de-semana, através de um sistema rotativo, entre hospitais. O Ministério da Saúde enviou nesta quarta-feira um comunicado às redacções onde informa como se processará.

“No que concerne ao aneurisma vascular cerebral determinou-se que o Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE (CHLN), o Centro Hospitalar Lisboa Central, EPE (CHLC), o Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, EPE (CHLO) e o Hospital Garcia da Orta, EPE (HGO) garantirão assistência permanente, 24 horas sobre 24 horas, a todos os doentes com esta patologia”, lê-se no comunicado.

Ficou acordado que o CHLC garantirá a assistência no fim-de-semana de 1 a 3 de Janeiro (entre as 8 horas de sábado e as 8 horas de segunda-feira), o CHLO garante a resposta nos dias 9 e 10 de Janeiro, o HGO nos dias 16 e 17 de Janeiro, o CHLN nos dias 23 e 24 de Janeiro e o CHLC nos dias 30 e 31 de Janeiro.

Esta escala de assistência é provisória. Está a ser preparada “uma resposta definitiva no âmbito da reorganização das urgências em Lisboa, para entrar em vigor a 1 de Fevereiro”, fez saber o gabinete de comunicação do Ministério da Saúde.

Dias depois de ter sido conhecido o caso de um jovem de 29 anos, que morreu na madrugada de domingo para segunda-feira, 14 de Dezembro, no Hospital de S. José, em Lisboa, o ministro Adalberto Campos Fernandes decidiu constituir um grupo de trabalho “destinado a avaliar os constrangimentos existentes e a preparar as soluções para as disfunções identificadas” nos serviços de urgência da Área Metropolitana de Lisboa. O jovem tinha dado entrada em São José com um aneurisma, com a indicação de que deveria ser operado de imediato, mas como a equipa de neurocirurgia vascular com capacidade para operar este tipo de casos deixou de integrar a prevenção feita aos fins-de-semana, teve de esperar até segunda-feira. Não resistiu. O Ministério Público abriu um inquérito ao caso.

Adalberto Campos Fernandes quer criar um novo modelo organizacional de Urgência Metropolitana de Lisboa, que dê resposta a determinadas situações clínicas urgentes, mas “relativamente pouco frequentes”, que exigem cuidados de  profissionais de saúde com competências específicas, como explicava um comunicado de segunda-feira passada.

Até que esse trabalho esteja finalizado, vigora a escala agora estabelecida para Janeiro, para assistência na área da patologia vascular cerebral. A partir de 1 de Fevereiro haverá uma escala definitiva, também baseada na rotatividade, mas cujos moldes exactos estão a ser definidos ainda.