Aprovadas dragagens de 16,8 milhões de euros na lagoa de Óbidos

A obra “contempla ainda a valorização da zona a montante da foz do rio Real”.

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A Lagoa de Óbidos foi dragada pela última vez entre Dezembro de 2011 e Maio de 2012 DR

A segunda fase das dragagens na lagoa de Óbidos vai avançar, anunciou nesta segunda-feira o Ministério do Ambiente, na sequência da aprovação da candidatura a fundos comunitários, orçada em 16,8 milhões de euros.

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A segunda fase das dragagens na lagoa de Óbidos vai avançar, anunciou nesta segunda-feira o Ministério do Ambiente, na sequência da aprovação da candidatura a fundos comunitários, orçada em 16,8 milhões de euros.

De acordo com a tutela, a candidatura aprovada pelo Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR) vai permitir a realização de “um conjunto de dragagens que irá contribuir para o aumento da superfície e volume da lagoa, assim como irá promover uma melhoria da qualidade da água armazenada e irá evitar o isolamento dos Braços da Barrosa e do Bom Sucesso”.

A obra “contempla ainda a valorização da zona a montante da foz do rio Real”, divulgou o Ministério do Ambiente em nota de imprensa.

O anúncio surge numa altura em que decorre a primeira fase das dragagens na lagoa, onde, até final de Fevereiro, deverão ser retirados 716 mil metros cúbicos de areia, numa intervenção que visa combater o assoreamento que periodicamente fecha o canal de ligação ao mar, pondo em causa a sobrevivência dos bivalves.

A segunda fase da obra foi referia pelo anterior secretário de Estado do Ambiente, Paulo Lemos, como “crucial” para a preservação daquele ecossistema, o que levou ao lançamento da candidatura para que a intervenção pudesse ser realizada logo depois de terminada a segunda fase.

Para além da intervenção na lagoa de Óbidos, o Governo vai avançar com o desassoreamento da Barrinha de Esmoriz, orçado em mais de 4,7 milhões de euros.

A intervenção prevê “a reposição do sistema aquático e a deposição dos dragados em local apropriado, o que irá contribuir para uma redução da erosão da orla costeira”, refere a mesma nota.

A empreitada contempla ainda “a reabilitação de um dique-fusível visando a sua manutenção, assim como a reposição e reforço do sistema dunar, o que consequentemente garante a qualidade das águas nas praias envolventes”.

As duas candidaturas aprovadas são relativas à “abertura artificial e acções de desassoreamento de lagoas costeiras” e representam um investimento de 21,5 milhões de euros, com um apoio de Fundo de Coesão no valor de 18,2 milhões de euros.