Pinto da Costa e os assobios a Lopetegui: "Deu sorte, porque passámos para primeiro"
Presidente do FC Porto fala do negócio com a PT: "É valor inédito na história do futebol português".
O presidente do FC Porto traçou no domingo à noite um balanço positivo da primeira metade da temporada do clube, sublinhando que os "dragões" estão a toda a força em todas as provas.
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O presidente do FC Porto traçou no domingo à noite um balanço positivo da primeira metade da temporada do clube, sublinhando que os "dragões" estão a toda a força em todas as provas.
Pinto da Costa, que falava durante o jantar de Natal organizado pela Comissão de Recandidatura à presidência do clube 'azul e branco', mostrou-se ainda indiferente aos assobios dos adeptos a Julen Lopetegui, frisando que o técnico espanhol segue à risca todos os critérios que exige para ocupar essa posição.
"Espero que assobiem muito, mas logo desde o início, porque, pelos vistos, isso deu sorte, porque passámos para primeiro. Tenho escolhido treinadores que seguem as suas convicções e não são influenciados, nem por jornais, nem por comentadores, nem por assobios. Porque no dia em que for influenciado, esse treinador não me serve", disse.
O presidente dos "dragões"prometeu muito empenho e luta para que o FC Porto conquiste ainda muitos títulos e prometeu guerra "aos inimigos que querem destabilizar o clube".
Pinto da Costa esclareceu que jogadores, "que foram noticiados como estarem de saída" - referindo-se a Danilo, Imbula e Rúben Neves -, já estavam ao serviço desde as 12h de domingo.
"Vi num jornal desportivo que três jogadores do FC Porto estavam de saída. E é verdade. Saíram durante as festas natalícias, mas hoje já cá estão. Mas nós estamos preparados para que apareçam estas notícias apenas para destabilizar", começou por referir o dirigente.
Em relação à possível saída do avançado argentino Osvaldo, Pinto da Costa disse que poderá ser verdade, mas "nada ainda está definido", esclarecendo, no entanto, que, a acontecer, "será a única saída".
Pinto da Costa escusou-se a falar sobre o jogo com o Sporting a contar para o campeonato, no próximo sábado, lembrando que antes o FC Porto ainda jogaria com o Marítimo.
"Vamos dar atenção à Taça da Liga em virtude ao esforço que o presidente da Liga tem tido. Vamos encarar o jogo com o Marítimo com o intuito de ganhar. Quando acabar esse, começamos a pensar no Sporting", disse.
Quando questionado sobre as declarações de Jorge Jesus, em que considerava FC Porto e Benfica candidatos ao título e o Sporting como outsider, o presidente portista brincou: "Além de amigo, sou apreciador da inteligência de Jorge Jesus. Portanto, não me admira nada que tenha dito isso."
O dirigente fez ainda votos para o novo ano, reforçando a necessidade de "resistir aos que estão contra o FC Porto".
"Para 2016 peço resistência para aguentar o que temos, sempre com a certeza de que o FC Porto será um clube cada vez mais em crescimento. Quero que o nosso clube continue a ser um orgulho", disse ainda.
Em relação à recandidatura à presidência nas próximas eleições, em 2016, Pinto da Costa admitiu que já está a pensar no assunto, não confirmando, no entanto, que se vai apresentar novamente a votos.
"Vou pensar. Mas isso não se decide emocionalmente. Tenho que ter a noção de que estou em condições de aguentar este trabalho. Depois de duas intervenções cirúrgicas sinto-me a 100%. Tenho que sentir se sou capaz de fazer as coisas que ainda sonho para o FC Porto. Mas ainda falta muito. Mas não estou preocupado, porque existem pessoas capazes de fazer com que o FC Porto continue no bom caminho", esclareceu ainda.
O presidente dos "dragões" aproveitou ainda a ocasião para falar do negócio estabelecido com a Meo para a transmissão dos jogos do FC Porto e que chegou ao valor de 457,5 milhões de euros.
"É um valor inédito na história do futebol português, mas não andamos atrás de bater recordes, nem dizer que temos mais ou menos do que os outros. Fazemos os nossos contratos, se os outros fizerem melhor, não temos nada com isso, se não conseguirem, também não. Fazemos os nosso acordos sem pensar nos outros", finalizou.