Passos Coelho diz que é tempo de deixar António Costa governar

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Passos Coelho voltou a garantir "uma viragem na tendência económica" até ao final do ano GEORGES GOBET/AFP

O presidente do PSD defende que "é altura de deixar governar aqueles que quiseram assumir essas responsabilidades", transmitindo que não deixará de colocar Portugal e os portugueses à frente nas suas decisões enquanto líder da oposição.

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O presidente do PSD defende que "é altura de deixar governar aqueles que quiseram assumir essas responsabilidades", transmitindo que não deixará de colocar Portugal e os portugueses à frente nas suas decisões enquanto líder da oposição.

"Agora que há também um novo Governo é altura de deixar governar aqueles que quiseram assumir essa responsabilidade, dando-lhes tempo para que afirmem as suas políticas e contribuam para resolver os problemas mais relevantes que sempre surgem no caminho", declarou Pedro Passos Coelho num mensagem de Natal divulgada em vídeo nesta quinta-feira.

O líder social-democrata transmite, nessa mensagem, que não deixará, "como no passado, de colocar Portugal e os portugueses à frente em todas as escolhas que vier a fazer como líder do maior partido da oposição, procurando contribuir, nesta nova fase, com uma atitude igualmente responsável e construtiva que vá ao encontro das necessidades dos portugueses".

Numa primeira parte da mensagem, dedicada ao balanço do ano, Passos Coelho afirma que "para muitos, a previsibilidade e a confiança destes últimos anos foram abaladas pelos acontecimentos mais inesperados que se seguiram às eleições", com "a abertura de uma crise política que desembocou no derrube do governo anterior e com a emergência de uma nova maioria que suporta um governo diferente, que é agora liderado pelo PS".

Numa referência à sua governação, Passos Coelho afirma que o ano que está prestes a terminar confirmou a capacidade para "crescer e criar emprego", mostrando que "os enormes esforços" realizados ao longo dos últimos anos "não foram em vão" e que é possível encarar hoje "com mais autonomia escolhas económicas mais ambiciosas ainda".

"Por outro lado, fizemos o essencial das nossas escolhas colectivas seguindo um princípio de prudência e encarando as sucessivas mudanças necessárias com um espírito de gradualismo mas também de confiança, sem por em causa os resultados já alcançados com tanto esforço", disse.

Sobre o futuro, diz que, tal como o presente, "nunca é feito apenas de facilidades para ninguém" e que cada um e todos em conjunto são chamados a resolver problemas e situações que testam a sua determinação, resiliência e capacidade.

"Se queremos viver melhor e com mais justiça sempre teremos de nos empenhar e muitas vezes de nos procurar superar a todos os níveis. Continuo hoje a acreditar nas capacidades dos portugueses e na superação das nossas maiores dificuldades colectivas", afirmou.

Segundo Passos Coelho, o país e os portugueses fizeram "um caminho longo com resultados reconhecidos em todo o mundo", mas ainda longe do destino que se pretende alcançar, "com mais paz, justiça e oportunidades para todos".

"Neste Natal, envio uma mensagem de conforto humano e coragem a todos os que sabem ser ainda de provação grande a vida que enfrentam, mas quero também enviar uma mensagem de muita esperança e confiança no futuro porque sei do que os portugueses são capazes", expressou.