P3rsonalidade do ano 2015
Porque passámos o ano de 2015 a conhecer pessoas que vale a pena conhecer, decidimos recuperar dez histórias e pedir a vossa ajuda para escolher a P3rsonalidade de 2015. Vota aqui
Trezentos e sessenta e cinco dias passam a correr. Em maratona, recebemos prémios, muitos, da física à psiquiatria, da música à biomédica. Falámos sobre sexo sem tabus e estivemos nas páginas do “New York Times”. Protegemos crianças e acolhemos quem vem de lá, sem nunca deixar de andar no mundo da Lua. Para descobrir uma nova galáxia, a primeira geração de estrelas e procurar sinais de vida em Marte. Dez histórias de um ano preenchido: cabe a vocês escolher a P3rsonalidade de 2015. Basta votar à esquerda até 4 de Janeiro de 2016 (os votos nos comentários não são quantificados).
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Trezentos e sessenta e cinco dias passam a correr. Em maratona, recebemos prémios, muitos, da física à psiquiatria, da música à biomédica. Falámos sobre sexo sem tabus e estivemos nas páginas do “New York Times”. Protegemos crianças e acolhemos quem vem de lá, sem nunca deixar de andar no mundo da Lua. Para descobrir uma nova galáxia, a primeira geração de estrelas e procurar sinais de vida em Marte. Dez histórias de um ano preenchido: cabe a vocês escolher a P3rsonalidade de 2015. Basta votar à esquerda até 4 de Janeiro de 2016 (os votos nos comentários não são quantificados).
Vamos rever os candidatos:
O ano começou e, logo em Março, o psiquiatra Tiago Reis Marques era distinguido nos EUA com o prémio Melhor Jovem Investigador, atribuído no 15.º Congresso Internacional de Investigação da Esquizofrenia, graças a um estudo que tenta perceber “de que forma o stress provoca alterações cerebrais na conectividade cerebral e a relação que isso tem com a resposta terapêutica. A trabalhar em Londres, no Instituto de Psiquiatria do Kings College, Tiago tornou-se o primeiro assim o primeiro português a vencer este galardão.
Pouco antes, levantava-se um burburinho por toda a Internet graças a uma miúda que mandava “dicas” com “mambos” para todas as “damas da parada”. Beatriz Gosta, está claro, Marta Bateira no B.I., diz que é “bem resolvida a nível sexual”, mas nem precisava de o assumir. Está “na parada” até hoje, para acabar com os estigmas que ainda existem. Já o Dia da Criança foi passado com Rita Esteves, técnica social de 30 anos que nunca desliga o telemóvel. É "bombeira de serviço” para garantir os direitos das crianças. Trabalha no Projecto Família e no Movimento Defesa da Vida e é coordenadora em Portugal de um projecto internacional de voluntariado. Todos os dias faz a sua parte para construir um futuro mais feliz para os mais pequenos. O que é urgente fazer para os proteger mais? “Trabalhar as famílias” e “apostar na prevenção”.
Há-de haver um antes e um depois da descoberta de David Sobral. Há muito que a existência de uma primeira geração de estrelas era apenas uma teoria. Em Junho, a equipa liderada pelo jovem investigador do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa anunciou ter provas da existência deste “Santo Graal da astronomia”: descobriram a galáxia mais brilhante do Universo, a que o jovem de 29 anos baptizou CR7 também em homenagem ao jogador, e fortes indícios de que esse objecto contém estrelas da primeira geração.
Chega Julho e Nuno Loureiro, investigador do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear do Instituto Superior Técnico de Lisboa, converte-se no primeiro cientista português a receber o prestigiado Prémio Thomas H. Stix, atribuído pela Sociedade Americana de Física pela sua contribuição na área da física dos plasmas. O seu trabalho pode contribuir para o desenvolvimento do Reactor Internacional Termunuclear Experimental. Já Nuno Silva vai, em 2016, à procura de sinais de vida em Marte. Desde 2008 que o engenheiro aeroespacial português trabalha a pensar em 2019, ano em que se espera que um robô europeu chegue ao planeta vermelho no âmbito do projecto ExoMars.
O fotógrafo Daniel Rodrigues já esteve entre os nomeados para P3rsonalidade de 2013, ano em que foi distinguido com um prémio World Press Photo. Na altura, nem material fotográfico tinha: havia sido obrigado a vendê-lo para fazer face às despesas. Entretanto deu-se uma “reviravolta”. Hoje, o jovem de 28 anos colabora com “o maior jornal do mundo”, o “New York Times”, e viaja só para fotografar. Este ano foi também aquele em que o mundo assistiu à maior crise de refugiados desde a II Guerra Mundial. Lisa Matos, de 36 anos, é especialista em acolher pessoas que precisam de ajuda para recomeçar. A trabalhar no Serviço Jesuíta dos Refugiados, está cá para receber quem vem de lá.
Em Outubro, Helder Maiato foi eleito o “melhor entre os melhores da investigação europeia” ao receber o prémio carreira Louis-Jeantet Young Investigator. O cientista do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (I3S) da Universidade do Porto estuda a divisão celular para poder combater o cancro e foi novamente notícia esta semana, ao ver o seu projecto financiado com 2,3 milhões de euros pelo Conselho Europeu de Investigação. Já na recta final do ano, Nuno Costa surge para nos dar música. O português de 28 anos foi considerado pela Sociedade Internacional para a Música Contemporânea como o melhor jovem compositor ISCM. Ao P3, prometeu o que, esperamos, todos desta lista garantam: “Não pretendo, de forma alguma, desistir deste caminho”.