Venda do Novo Banco relançada em Janeiro
Bruxelas aprova auxílio e processo de reestruturação no Novo Banco com o objectivo de relançar o processo de venda em 2016.
O processo de venda do Novo Banco vai ser relançado em Janeiro de 2016. Em comunicado, a Comissão Europeia considera positivos os esforços do Estado português para auxiliar a instituição bancária, com vista ao relançamento do processo de venda.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O processo de venda do Novo Banco vai ser relançado em Janeiro de 2016. Em comunicado, a Comissão Europeia considera positivos os esforços do Estado português para auxiliar a instituição bancária, com vista ao relançamento do processo de venda.
"Ao abrigo das regras da UE em matéria de auxílios estatais", Bruxelas aprovou a continuação "das garantias do Estado português, no montante nominal de 3,5 mil milhões de euros, às obrigações emitidas pelo Novo Banco".
A Comissão Europeia considera que “esta prorrogação deverá contribuir para garantir a manutenção de uma liquidez adequada do Novo Banco”.
A instituição presidida por Jean-Claude Juncker “acolhe igualmente com agrado” o compromisso das autoridades portuguesas em “implementar medidas adicionais de reestruturação para melhorar a viabilidade e eficácia do Novo Banco”.
A reestruturação operacional da entidade que resultou do colapso do Banco Espírito Santo em Agosto de 2014 é vista como uma medida decisiva por Bruxelas para que o novo processo de venda seja bem-sucedido.
Assim, a Comissão Europeia vê com bons olhos o esforço do banco em “centrar as suas actividades essenciais e diminuir gradualmente a sua actividade em unidades e geografias de negócios consideradas não essenciais”.
“Estas medidas”, refere comunicado, vão melhorar a eficácia do banco e a sua viabilidade, destinando-se a “dar resposta às distorções da concorrência resultantes do auxílio”.
Em comunicado, o Banco de Portugal refere que este desenvolvimento, bem como o anúncio, em Novembro, do resultado do exercício dos testes de esforço conduzidos pelo Banco Central Europeu “contribuem positivamente para o relançamento do processo de venda da participação do Fundo de Resolução”.
A Comissão Europeia concedeu uma extensão do prazo inicial de Agosto de 2016 para a venda do Novo Banco. O primeiro processo de venda do banco liderado por Stock da Cunha teve um fim em Setembro de 2015, quando restavam três interessados: os chineses da Angbang e da Fosun e os norte-americanos da Apollo.