As Mil e uma Noites entre os dez mais da Film Comment (e os mil e um melhores filmes do ano)

Carol, de Todd Haynes, A Assassina, de Hou Hsiao-hsien, e o relançamento da saga Mad Max surgem em quase todas as listas.

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A Assassina, de Hou Hsiao-hsien. O regresso do mestre chinês com um filme de artes marciais estilizado DR

É aquela altura do ano em que todas as publicações (especializadas ou não) divulgam as suas listas dos melhores filmes de 2015, em antecipação à temporada de prémios que vai culminar com a entrega dos Óscares a 28 de Fevereiro próximo. Se já se sabe entretanto que As Mil e Uma Noites não vai fazer parte dos cinco nomeados a melhor filme estrangeiro, o filme de Miguel Gomes – que já estava presente nas listas das revistas Cahiers du Cinéma e Sight & Sound – volta a fazer a sua aparição entre os dez mais da Film Comment, revista publicada pela Film Society do Lincoln Center nova-iorquino. Numa escolha feita por uma centena de críticos americano, As Mil e uma Noites surge em quinto lugar; Carol, de Todd Haynes, está em primeiro lugar, seguido de A Assassina, de Hou Hsiao-hsien, de Mad Max: Estrada da Fúria, de George Miller, e As Nuvens de Sils Maria, de Olivier Assayas. (Um outro filme português, Cavalo Dinheiro, de Pedro Costa, surge já fora dos dez mais, na 15.ª posição).

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É aquela altura do ano em que todas as publicações (especializadas ou não) divulgam as suas listas dos melhores filmes de 2015, em antecipação à temporada de prémios que vai culminar com a entrega dos Óscares a 28 de Fevereiro próximo. Se já se sabe entretanto que As Mil e Uma Noites não vai fazer parte dos cinco nomeados a melhor filme estrangeiro, o filme de Miguel Gomes – que já estava presente nas listas das revistas Cahiers du Cinéma e Sight & Sound – volta a fazer a sua aparição entre os dez mais da Film Comment, revista publicada pela Film Society do Lincoln Center nova-iorquino. Numa escolha feita por uma centena de críticos americano, As Mil e uma Noites surge em quinto lugar; Carol, de Todd Haynes, está em primeiro lugar, seguido de A Assassina, de Hou Hsiao-hsien, de Mad Max: Estrada da Fúria, de George Miller, e As Nuvens de Sils Maria, de Olivier Assayas. (Um outro filme português, Cavalo Dinheiro, de Pedro Costa, surge já fora dos dez mais, na 15.ª posição).

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Carol (adaptação do romance de Patricia Highsmith com Cate Blanchett e Rooney Mara, que estreia em Portugal em Fevereiro), A Assassina (o regresso do mestre chinês com um filme de artes marciais estilizado, ainda sem data confirmada de estreia por cá) e o relançamento da saga pós-apocalíptica Mad Max são, aliás, comuns à maioria das listas já divulgadas na imprensa americana. Para a habitual sondagem da Village Voice, Mad Max surge em primeiro lugar e Carol em segundo, com A Assassina em décimo; A Assassina e Mad Max são, ex-aequo, “filme do ano” para Manohla Dargis, crítica do New York Times, com Carol em quarto lugar; o filme de Todd Haynes é, entretanto, a primeira escolha do colega de Dargis Stephen Holden, e está na quinta posição da lista de A. O. Scott.

Já que estamos nas listas do New York Times, que não tem uma escolha comum mas permite a cada um dos seus três críticos principais elaborar uma lista pessoal, Manohla Dargis colocou em segundo lugar a retrospectiva das obras de Nathaniel Dorsky e Jerome Hiler organizada pelo festival de cinema de Nova Iorque, com A Ponte dos Espiões de Steven Spielberg, Carol e o documentário de Frederick Wiseman In Jackson Heights a completarem o top cinco. A. O. Scott escolhe como seu filme do ano Timbuktu do senegalês Abderrahmane Sissako, seguindo-se a animação da Pixar Divertida-mente, O Caso Spotlight de Tom McCarthy e A Queda de Wall Street de Adam McKay (que chegarão às nossas salas em Janeiro) e o filme-ensaio de Laurie Anderson Coração de Cão. Stephen Holden coloca a seguir a Carol A Queda de Wall Street, O Caso Spotlight, o filme russo de Yuri Bykov O Idiota e The Diary of a Teenage Girl de Marielle Heller.

Já a escolha dos críticos americanos sondados pela Village Voice recai sobre Mad Max, seguido de Carol, O Caso Spotlight, Phoenix de Christian Petzold e Tangerine de Sean Baker. Atravessando o Atlântico, também os jornalistas do Guardian anunciaram os melhores filmes estreados durante 2015 no Reino Unido, com 45 Anos de Andrew Haigh (estreia entre nós a 31 de Dezembro) em primeiro lugar, seguido de A Ponte dos Espiões, dos documentários A Syrian Love Story de Sean McAllister e O Olhar do Silêncio de Joshua Oppenheimer, e de Carol. E a procissão ainda vai no adro…