Apesar dos protestos, Nicki Minaj tocou mesmo em Angola

A cantora americana não deu ouvidos à Human Rights Foundation, que pedira o cancelamento do concerto em Luanda, e apareceu no Instagram abraçada a Isabel dos Santos.

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"Amo-te Angola", escreveu a cantora americana na sua conta de Instagram Instagram

Os protestos que se seguiram à publicação da carta da Human Rights Foundation, amplificados pela imprensa internacional, não suscitaram qualquer reacção de Nicki Minaj. A cantora americana actuou mesmo como cabeça de cartaz do Show Unitel Boas Festas, no Estádio dos Coqueiros, em Luanda. E documentou toda a viagem no Instagram: os bastidores, a actuação de sábado, a presença da fã e accionista da Unitel, Isabel dos Santos, empresária e filha do presidente angolano, José Eduardo dos Santos.

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Os protestos que se seguiram à publicação da carta da Human Rights Foundation, amplificados pela imprensa internacional, não suscitaram qualquer reacção de Nicki Minaj. A cantora americana actuou mesmo como cabeça de cartaz do Show Unitel Boas Festas, no Estádio dos Coqueiros, em Luanda. E documentou toda a viagem no Instagram: os bastidores, a actuação de sábado, a presença da fã e accionista da Unitel, Isabel dos Santos, empresária e filha do presidente angolano, José Eduardo dos Santos.

Ao anúncio do concerto de Minaj num concerto patrocinado pela maior rede de telecomunicações angolana seguiu-se uma carta assinada por Thor Halvorssen, presidente da Human Rights Foundation, onde se denunciava a corrupção e nepotismo do regime angolano e se pedia a Nicki Minaj que cancelasse a actuação na capital angolana, tendo em conta a sua actividade, por exemplo, em associações de apoio a jovens desfavorecidos no seu percurso escolar, algo que a Human Rights Foundation diz vedado a milhões de crianças angolanas, por culpa do seu governo.

Nick Minaj, que terá recebido um cachet de cerca de 2 milhões de dólares (1,84 milhões de euros), não deu qualquer resposta pública à carta, noticiada tanto em publicações dedicadas à música, como o NME ou o Les Inrockuptibles, em tablóides como o New York Post ou em títulos de referência como o Guardian ou New York Times. Na sua conta de Instagram, porém, foi bastante activa. Vemo-la a sair do avião que a levou a Luanda, embrulhada numa bandeira angolana (“Angola, amo-te”, escreveu), ou ao lado de uma Isabel dos Santos em pose informal. “Nada de especial… Ela é apenas a oitava mulher mais rica do mundo”, escreveu a cantora, que termina a o texto acompanhante da foto declarando como a motiva o poder feminino e usando Isabel dos Santos como exemplo motivacional: “O sucesso está à tua espera para ser agarrado”.