Gaia cria parque urbano no Cabedelo, a nova Casa do Marés Vivas
Novo espaço vai estar pronto já em 2016 e localiza-se a 500 metros do anterior palco do festival.
A Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia vai avançar, já a partir de Janeiro do próximo ano, com a construção de um novo parque urbano que resultará da reabilitação de uma zona verde no Cabedelo, junto ao rio Douro, na área a norte dos terrenos da Seca do Bacalhau. E anuncia também que vai ser ali que passará a realizar-se, já a partir de 2016, o Festival Marés Vivas.
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A Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia vai avançar, já a partir de Janeiro do próximo ano, com a construção de um novo parque urbano que resultará da reabilitação de uma zona verde no Cabedelo, junto ao rio Douro, na área a norte dos terrenos da Seca do Bacalhau. E anuncia também que vai ser ali que passará a realizar-se, já a partir de 2016, o Festival Marés Vivas.
“Este equipamento será mais um importante espaço de lazer para a cidade e para a própria Área Metropolitana e representará um excelente atractivo para os Gaienses e para quem vier visitar-nos, com trilhos, caminhos e estruturas de apoio fundamentais para quem dele usufruir, seja a pé, de bicicleta ou para um simples piquenique”, explicou o Presidente da Câmara, Eduardo Vítor Rodrigues, em comunicado enviado à imprensa.
O parque terá “uma localização fantástica, sobre o rio Douro, e será também um local de contemplação de uma paisagem única”, continua o presidente da autarquia, vincando que desta forma está a prevenir que “se repitam situações de destruição de locais fundamentais, pela sua importância ambiental e histórica. Já nos basta o que foi aprovado pelo executivo anterior e que se traduz num modelo de exploração de espaços nobres para fins privados com enorme densidade de construção”, lamenta, referindo-se às construções licenciadas para a marginal do Douro, a poucos metros deste local.
Quanto ao Marés Vivas, o autarca argumenta que “este espaço, localizado a cerca de 500 metros do anterior, reúne ainda melhores condições para a realização do festival, que já estava apertado naquela localização”, que teve de ser abandonada por se tratar de um terreno privado, cujos donos pretendem começar a edificar. Para Eduardo Vítor Rodrigues, a alternativa “permite uma evolução natural do festival, num novo parque que oferecerá maior segurança de evacuação, mais qualidade para os festivaleiros, mais espaço, mais estacionamento, entre outras vantagens objetivas”.
Segundo o comunidado da autarquia, no local agora escolhido para o Marés Vivas, “o espaço por pessoa irá triplicar e as zonas de restauração serão mais agradáveis, havendo ainda a possibilidade de acolher novos palcos para projectos musicais que irão diversificar ainda mais a oferta do festival. Por outro lado, o novo parque assegurará uma maior protecção acústica da zona da Reserva Ecológica de S. Paio, permitindo uma nova orientação acústica dos palcos e o amortecimento sonoro pela topografia do terreno e pela própria vegetação”.
A autarquia garante ainda que os organizadores do festival, a PEV Entertainment, ficou muito satisfeita com a nova opção. E explica que a empresa se prepara para anunciar, muito em breve, não só a maquete do espaço para a realização do evento, mas também um conjunto de medidas de responsabilidade social e ecológica como a plantação de novas árvores e a recuperação de aves selvagens no Parque Biológico de Gaia.