Nova fase de obras na “ilha” da Bela Vista já está a concurso

Custos das duas fases de obra são superiores a 1,3 milhões de euros.

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A reabilitação da “ilha” da Bela Vista deverá ficar pronta em 2016 Adriano Miranda

Já foi lançada a segunda fase do concurso para a reabilitação da “ilha” da Bela Vista, no Porto. A “ilha” camarária está a sofrer um processo de transformação que deverá levar a que as 43 habitações existentes sejam transformadas em apenas 34, com melhores condições. Os moradores vão permanecer no local, razão pela qual as obras foram organizadas em duas fases distintas. O anúncio do concurso foi publicado esta quarta-feira em Diário da República.

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Já foi lançada a segunda fase do concurso para a reabilitação da “ilha” da Bela Vista, no Porto. A “ilha” camarária está a sofrer um processo de transformação que deverá levar a que as 43 habitações existentes sejam transformadas em apenas 34, com melhores condições. Os moradores vão permanecer no local, razão pela qual as obras foram organizadas em duas fases distintas. O anúncio do concurso foi publicado esta quarta-feira em Diário da República.

A primeira fase, cujo concurso foi lançado em Abril, tendo as obras começado em Novembro, deverá deixar reabilitados 14 fogos e renovadas todas as infra-estruturas. Estes primeiros trabalhos foram orçados em 540 mil euros e tinham um prazo de conclusão na ordem dos sete meses. Agora, avança a segunda fase, que inclui a reabilitação de mais 20 fogos, a adaptação de uma das habitações devolutas a lavandaria comunitária e os arranjos exteriores. Esta fase dos trabalhos está orçada em 810 mil euros e prevê uma duração de cerca de nove meses para a empreitada.

As duas fases da reabilitação da “ilha” camarária estão a ser desenvolvidas com base no projecto do gabinete Cerejeira Fontes Arquitectos, em parceria com o Lahb Social- Laboratório de Habitação Básica e Social. Depois de os custos de reabilitação terem sido contabilizados na ordem dos 500 mil euros, o valor subiu para mais de 800 mil euros e, conforme de depreende dos valores das duas fases dos concursos públicos lançados pela empresa municipal Domus Social, deverá ultrapassar os 1,3 milhões de euros.

A “ilha” da Bela Vista só conta com cerca de onze habitantes e o plano da Câmara do Porto no processo de reabilitação passa pela permanência de todos os moradores no local, mesmo durante o período de obras. Os habitantes devem ser realojados nas primeiras habitações a serem reabilitadas, podendo, depois, ocupar uma das casas a reabilitar na segunda fase, se tal se justificar. As casas que sobrarem deverão ser integradas no mercado de habitação social da autarquia.

O projecto apresentado aos moradores em Julho do ano passado previa que a Bela Vista passasse a ter três entradas, em vez de apenas uma, e que algumas habitações fossem demolidas, para permitir um melhor atravessamento do aglomerado habitacional de finais do século XIX. Além da lavandaria, projectava-se também a criação de um espaço para a sede da associação de moradores, um centro de convívio e um edifício para a instalação do Lahb Social, mas nenhuma destas componentes é especificada na informação agora prestada ao PÚBLICO pela Câmara do Porto, relativa às duas fases da empreitada.

 A reabilitação da “ilha” foi uma promessa de campanha de Rui Moreira. Com o socialista Manuel Pizarro à frente do pelouro da Habitação, o projecto avançou, com os dois responsáveis políticos a apontá-lo como “um modelo” que poderá ser replicado pelos proprietários dos muitos aglomerados habitacionais similares que ainda existem na cidade. A Domus Social espera ter os trabalhos concluídos no próximo ano.