Adidas admite pela primeira vez distanciar-se da FIFA

Contrato expira em 2030. Outros grandes parceiros, como a Coca-Cola ou a Visa, já pediram publicamente a saída de Joseph Blatter.

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AFP/CHRISTOF STACHE

Herbert Hainer, presidente da multinacional de equipamentos desportivos Adidas, um dos principais parceiros da FIFA, admitiu romper com o organismo caso não se apliquem reformas após o escândalo de corrupção que abala aquela entidade. “Se a FIFA conseguir reformar-se e, na minha opinião, estão no bom caminho para o fazer, vamos continuar com a parceria. Se não o fizer, tenho de reflectir e pensar em alternativas”, admitiu Hainer, em entrevista ao jornal alemão Handelsblatt.

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Herbert Hainer, presidente da multinacional de equipamentos desportivos Adidas, um dos principais parceiros da FIFA, admitiu romper com o organismo caso não se apliquem reformas após o escândalo de corrupção que abala aquela entidade. “Se a FIFA conseguir reformar-se e, na minha opinião, estão no bom caminho para o fazer, vamos continuar com a parceria. Se não o fizer, tenho de reflectir e pensar em alternativas”, admitiu Hainer, em entrevista ao jornal alemão Handelsblatt.

Enquanto a Adidas, cujo contrato com a FIFA expira em 2030, tem optado por uma posição mais moderada, outros grandes parceiros, como a Coca-Cola ou a Visa, já pediram publicamente a saída de Joseph Blatter, presidente demissionário.

Pela primeira vez, Herbet Hainer admitiu um eventual divórcio com a FIFA, insistindo na “absoluta inocência” da Adidas no escândalo de corrupção que abala o organismo, num processo aberto pela justiça dos Estados Unidos e que levou à acusação de 14 dirigentes e ex-dirigentes.

No início de Junho, Blatter apresentou a demissão, abrindo caminho para novas eleições, que foram marcadas para 26 de Fevereiro de 2016.